“A única maneira de dar início a alguma coisa e alcançar o sucesso, é parar de falar e começar a fazer.” (Walt Disney, produtor cinematográfico, diretor e roteirista norte-americano)
5 ANOS
Em abril de 2019 a maioria dos bragantinos foi pega de surpresa com a venda do Clube Atlético Bragantino, equipe fundada em 1928 e que durante décadas esteve sob o comando da família Chedid, para a empresa austríaca Red Bull.
Logo no primeiro discurso do CEO Thiago Scuro, a promessa era de um time gigante num espaço de tempo de 5 anos, com muitas conquistas e a consolidação como um dos grandes do futebol brasileiro. Até os mais incrédulos, diante do poderio financeiro da empresa, acreditaram que tudo poderia se materializar conforme a promessa.
O tempo passou, Thiago Scuro já não está mais no clube e a única conquista, se é que o torcedor concorda com isso, foi o título de campeão brasileiro da Série B. Destaque ainda para o vice-campeonato da Copa Sul-Americana. Em todo o quinquênio, nenhuma outra disputa importante, fosse no Campeonato Paulista, na Copa do Brasil, na Libertadores e no Brasileirão.
A derrocada da equipe, pode-se assim dizer, começou quando houve a troca de comando na diretoria. Seguiram-se contratações erradas, jogadores mais para bijuterias do que para jóias, treinador que teve um início auspicioso para, em seguida, perder o controle do vestiário, e dirigentes lentos na tomada de decisões.
Neste momento, o time luta para não ser rebaixado para a Série B, o que seria um vexame sem precedentes para uma multinacional, que em 2019 começou a fazer história e se tornar modelo para outras equipes. O jogo de amanhã pode ser um divisor de águas, ou seja, jogar o time definitivamente para a Série B, ou ainda respirar e sonhar em permanecer na elite.
Os cinco anos finalmente chegaram em abril deste ano, sem que as promessas fossem cumpridas. O Bragantino continua pequeno em se falando de futebol e ainda menor quando o quesito competência, fundamental para o seu sucesso, não se materializa.
Como essa história vai acabar, podendo ir do sonho ao pesadelo, é questão de tempo. Mais três rodadas e fim do campeonato.
Se ao longo de sua gestão Thiago Scuro foi merecedor de elogios e críticas, o que se sabe agora é que pior com ele, muito pior sem ele.
Nas últimas semanas o que se viu foram inúmeras entrevistas dos dirigentes do Massa Bruta, com um excessivo número de frases feitas e otimismo pouco convincente, como se o pior possa de fato vir.
Com menos recursos, mas profissionais no assunto, o Bragantino pré-Red Bull foi campeão paulista e vice-campeão brasileiro.
Que não se queira menosprezar o torcedor, neste momento, com uma nova promessa de ‘mais cinco anos’.