Furacão Milton
Não entendo muito a lógica dos fenômenos naturais receberem nome de gente, mas brincadeiras à parte, o ano de 2024 segundo os meteorologistas, seria mesmo marcado por furacões acima da média no Atlântico. A previsão de chegada era entre o início de junho e o final do mês de novembro. Pois é, até o início desta semana, no fechamento deste artigo, já havia a ocorrência de treze tempestades, sendo que quatro delas tropicais e nove furacões. Destes, quatro de grandes proporções, chamados de Beryl, Helen, Kirk e Milton.
Especificamente sobre o furacão Milton, no último dia seis de outubro ultrapassou os patamares de uma tempestade tropical, passando a ser uma tempestade de categoria cinco. Logo em seguida tornou-se o quinto fenômeno mais forte do Atlântico. Não é brincadeira esse tal de Milton. Chegou a atingir velocidades enormes, causando baixa de pressão barométrica nunca vista antes.
O chamado olho do furacão é espantosamente pequeno. É possível que quando tenha chegado ao continente, se apresenta como um grande furacão e tenha provocado estragos gigantes na costa da Flórida. Na data em que escrevo, caro leitor, já estavam nas redes sociais as imagens de muitos brasileiros reportando a seus familiares, a estocagem de alimentos e insumos de primeira necessidade, com receio de não poder sair de casa nos próximos dias.
Já vimos em outros momentos em que basta uma tempestade pequena para que cause muitos danos. O pior é que pode não ser o último, já que a temporada não terminou. As autoridades emitem uma série de alertas de hora em hora e a repercussão é mundial.
Como é comum, ainda bem, programas governamentais e ações de entidades já começam a arrecadar doações e de forma estratégica as famílias em áreas de maior risco serão contempladas com a ajuda humanitária e do poder público.
Os efeitos das tempestades deste ano serão sentidos nos próximos anos e será preciso investir mais uma vez não apenas agora para auxiliar os que precisarem de socorro nas áreas afetadas, como também investir depois na recuperação das cidades.
No Brasil sofremos este ano com as chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul e agora os Estados Unidos padecem por essa catástrofe. A natureza e o meio em que vivemos reagem à maneira como nos comportamos.
A agenda 2030 deve ser cada vez mais um compromisso de todas as nações na busca pela preservação. Os fenômenos climáticos têm sido quase sempre devastadores e a sustentabilidade requer cada vez mais urgência.