Rogério Machado
Domingo, 15, comemora-se o “Dia do professor”. A data comemorativa não é feriado nacional nem ponto facultativo, mas sim um feriado escolar conforme o Decreto Federal nº 52.682 de 14 de outubro de 1963.
A criação do Dia do Professor, no Brasil, está associada com a Lei de 15 de outubro de 1827, assinado por D. Pedro I. Nesse documento, ficou estabelecido que em todas as cidades do país seriam construídas escolas primárias de ensino elementar. Na época, elas eram chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”. Contudo, a comemoração começou somente 120 anos depois.
A data, que já foi muito celebrado tanto por professores como alunos e pais desses, hoje não passa de uma comemoração sem muita importância. Vale lembrar que com a pandemia do Coronavírus, em 2020 e 2021, os professores tiveram que se reinventar e se adaptar às mídias e métodos de aula e mesmo assim foram e são pouco valorizados.
Não muito tempo atrás a escola era uma extensão da casa e os professores, como membros da família, eram os “tios” e “tias”. Em nossos dias, por diversos motivos, que vão desde a interferência da psicologia no ensino ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a escola, e consequentemente o professor (mestre), tem sido desvalorizado. Hoje vale mais a informação do que a formação e o ensino passou a ser sinônimo de conhecimento.
No tempo em que o Senhor Jesus Cristo viveu entre nós havia muitos “professores/mestres”, mas Ele foi reconhecido como “o mestre”, aquele que “Ao concluir seu discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina; porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.“ – Evangelho de Mateus 7:28, 29.
Neste mesmo capítulo 7 do Evangelho segundo Mateus, entre os versículos 15 a 20, vemos uma advertência geral contra os falsos mestres/professores, no que tange o aspecto espiritual. Esses falsos mestres sempre existiram em meio as religiões. Mas, no contexto da igreja cristã eles começaram a aparecer já nos dias dos apóstolos. Desde aquele tempo as sementes do erro têm sido lançadas. Por isso, precisamos estar preparados contra os falsos mestres, estando sempre atentos a atuação deles.
Digo isso por que há milhares de pessoas que parecem estar sempre prontas a crer em qualquer coisa que ouvem, desde que venha dos lábios de algum líder religioso (professor/mestre). Mas, o que os falsos mestres ensinam precisa ser confrontado com os ensinamentos das Sagradas Escrituras. Assim, só deveríamos seguir a orientação de líderes religiosos, e crer no que ensinam, enquanto as doutrinas ensinadas concordarem com a Bíblia. A melhor defesa contra falsos ensinamentos é o estudo regular da Palavra de Deus, acompanhado de oração por iluminação do Espírito Santo.
A Bíblia foi-nos dada para ser uma lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho, conforme Salmo 119:105, e Deus não permitirá que quem leia a Bíblia corretamente caia em algum erro irremediável. É a negligência para com a Bíblia que faz tantas pessoas se tornarem presas fáceis de falsos mestres. A preguiça espiritual fornece seguidores de falsos profetas. Por isso, feliz é quem estuda a Bíblia e sabe a diferença entre a verdade e o erro.
Tome cuidado com aquele a quem você dá atenção, isso porque muita falsa doutrina anda por aí vinda de falsos profetas/mestres que se dizem porta-vozes de Deus. Esses não podem te conduzir a pastos verdejantes e a águas tranquilas. Só há um Mestre e Pastor, Jesus Cristo. Ande com Ele. Ouça a sua voz. Siga-o de perto, porque só Ele pode satisfazer a sua alma.
Rogério Machado é jornalista e pastor da Igreja Batista Boas Novas – Cd Planejada II prrogeriomachado@yahoo.com.br