“O conflito não é entre o bem e o mal, mas entre o conhecimento e a ignorância.” (Buda)
TRANSPORTE COLETIVO
A discussão desencadeada desde a entrada da JTP no município para operar o transporte coletivo em Bragança, envolve fator empresarial e fator político, já direcionados para o judiciário.
A população está unicamente interessada na qualidade e preço do transporte. Não se interessa pelos conflitos políticos e empresariais que norteiam a discussão.
Políticos sem cargo eletivo, de baixo quilate, fomentado possivelmente por forças ocultas, e sabe-se lá com quais intenções, operaram como sendo a “mão de gato” de outros interesses para tentar tumultuar a transição da atual empresa, ajuizando ações já derrotadas em instâncias da Justiça, e outras ainda em andamento.
A gestão do transporte é fiscalizada pelo município e quando a gestão falha, a Prefeitura pune com multas notificadas. Isso é contratual. Pelas informações, o município já teria aplicado cerca de R$ 2 milhões em multas por entender que alguns pontos contratuais não foram ou não estão sendo cumpridos. Obviamente essas multas podem ser contestadas, gerando outra discussão de foro administrativo.
Entendo que esse conflito, que já envolveu a Câmara Municipal, deva ser solucionado sem interesses submersos de terceiros, focando somente na qualidade dos serviços e preço da passagem. É isso que interessa ao usuário e a população em geral, que bancam, seja pelo preço da passagem, seja pelo subsídio que a prefeitura paga.
MAIS LENHA NA FOGUEIRA
Enquanto empresa, prefeitura e judiciário discutem o que está ajuizado, o vereador Quique Brown (PV) bradou na tribuna da Câmara na sessão do dia 9 de maio passado, que a empresa de transporte teria fraudado a licitação do transporte escolar apresentando documento falso.
Se o caldeirão estava quente, agora vai ferver. A empresa acusada, a JTP, reagiu às afirmações do vereador, ajuizando interpelação judicial, notificando-o para dar explicações sobre o que falou.
Na interpelação proposta, a JTP apresentou 16 questões que devem ser respondidas pelo vereador. Não vou descrever aqui por enquanto, todas as 16 questões, mas em uma delas indaga o vereador se ele tem conhecimento sobre a não devolução de créditos aos munícipes quando foi encerrado o contrato com a empresa Nossa Senhora de Fátima. Em outra, pergunta ao vereador: “Quais medidas foram tomadas pelo interpelado quando descobriu que a interpelante teria utilizado documentos falsos em processo? Quem foi o responsável pela descoberta ?”(SIC)
A outra é mais incisiva : “O interpelado recebe ou já recebeu, para si ou outrem, algum auxílio, financeiro ou não, direta ou indiretamente, de qualquer das inúmeras empresas integrantes do Grupo Belarmino, ou controlada por um ou mais sócios do Grupo Belarmino? “ (SIC)
Para quem não sabe, o Grupo Belarmino (que perdeu a licitação para a JTP) é uma das maiores empresas de transporte coletivo do País, a quem pertencia também a empresa que operou em Bragança por mais de 30 anos, a Nossa Senhora de Fátima Auto Ônibus Ltda.
INTERESSES
Como sugeri no início desta coluna, a discussão sobre a JTP e o transporte coletivo passa longe do interesse público, que deveria ser priorizado. Há nas entrelinhas do debate o interesse político- empresarial .
Entendo que a frase de Buda sintetiza esse conflito, onde o conhecimento está com a empresa e Prefeitura e a ignorância com o povo.
FUZUÊ EM BRASÍLIA
Os bastidores do Palácio do Planalto estão fervendo. Bastou Lula dizer que não é candidato à reeleição em 2026, que os ministros Flávio Dino e Rui Costa (ambos da Bahia) já começaram a disputar o espólio do presidente. Um querendo ferrar o outro. A situação forçou o presidente da Câmara, Arthur Lira, pedir ao presidente Lula que reconsidere sua decisão e diga que é candidato à reeleição, senão vai ficar muito difícil a articulação política no Congresso. A esquerda baiana está faminta.
DEITANDO E ROLANDO
Algumas auto escolas estão deitando e rolando na cidade. Para treinar seus alunos, utilizam ruas de bairros da cidade, o que é considerado normal. Porém, não obedecem a lei quando restringem o tráfego de pedestres e veículos, chegando até a fechar determinadas ruas para treinamento.
É o fim do mundo!
Fica a dica aqui para os amarelinhos ou quem tem competência para fiscalizar, dar uma passadinha pelos bairros centrais para flagrar esses abusos.
SALMO 46
1- Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.
2- Por isso não temeremos, ainda que a terra trema e os montes afundem no coração do mar,
3- ainda que estrondem as suas águas turbulentas e os montes sejam sacudidos
pela sua fúria.
4- Há um rio cujos canais alegram a cidade de Deus, o Santo Lugar onde habita o Altíssimo.
5- Deus nela está! Não será abalada! Deus vem em seu auxílio desde o romper da manhã.
6- Nações se agitam, reinos se abalam; ele ergue a voz, e a terra se derrete.
7- O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura.
8- Venham! Vejam as obras do Senhor, seus feitos estarrecedores na terra.
9- Ele dá fim às guerras até os confins da terra; quebra o arco e despedaça a lança; destrói os escudos com fogo.
10- “Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na terra.”
11- O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura.