WAGNER AZEVEDO
Neste período pós pandêmico e também com a insegurança escolar diante dos recentes atentados, torna-se necessário acompanhar a evolução dos novos conceitos na aprendizagem no ensino escolar anunciados com a centralidade nas individualidades de cada aluno.
A educação sempre acompanhou as evoluções da sociedade e continua com as mesmices dos planejamentos escolares genéricos de rotina, tipo copia e cola, o que só aumenta o baixo nível de aprendizagens dos alunos.
O Projeto Político Pedagógico de uma rede escolar precisa se adequar ao momento social que vivemos e, para tanto, é necessário oferecer aos docentes uma formação continuada visando atualizá-los com esses conceitos do ensinamento a partir das individualidades de cada aluno e, ainda, fundamental contar com a participação das equipes multiprofissionais, com psicólogos e assistentes sociais, que desde 2021 deveriam compor tais equipes, conforme estabelecido pela Lei 13.935/2019.
Esse momento exige um ensino levado a sério, que além de colocar o número adequado de alunos por classe não superlotando-as, deve considerar como prioritário a recomposição das aprendizagens, diante das lacunas deixadas pelo longo período pandêmico sem aulas presenciais em todo o ensino básico, em especial, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, por ser o principal momento da alfabetização e do letramento dos alunos.
Como a maioria das redes escolares públicas aderiram ao ensino remoto e, diante da inviabilidade por falta de internet, como em determinadas regiões de Mairiporã, entregava-se semanalmente aos responsáveis as ‘tarefas de lição de casa’ impressas pelas escolas, e tais situações não foram efetivas comparando-as com as aulas presenciais e, por óbvio, as lacunas de aprendizagens desses alunos foram ampliadas.
Entender o tamanho do prejuízo de cada aluno fez-se necessário desde o retorno às aulas presenciais. As redes escolares, atualizadas com esses novos conceitos, realizaram uma avaliação diagnóstica –análise situacional– para entender os estágios da aprendizagem, do psicológico e do social de cada um dos seus alunos, para, em seguida, realizar um Plano de Ações –planejamento estratégico situacional– adequado às necessidades de recomposição dessas defasagens. No entanto, as gestões das redes escolares que não fizeram adequadamente a ‘lição de casa’ e adotaram simplesmente as ‘aulas de recuperação’, e isso nos leva à certeza que as crianças acumularam muito mais defasagens.
O SAEB-Sistema de Avaliação do Ensino Básico do MEC, disponibilizará ao público os resultados deste ano de 2023 em meados do primeiro semestre do próximo ano.