Jonathan Alberti
Medo das Zeladorias
A sessão da Câmara Municipal de terça-feira (21) trouxe à tona o quanto uma parte dos vereadores é insegura e está amedrontada com as zeladorias, criadas pelo saudoso prefeito Jesus Chedid. Aliás, o cargo foi um dos acertos do prefeito e colocou os serviços de manutenção nas regiões em dia, tendo atenção e atendimento mais rápidos do que era antigamente, quando o cargo não existia. A zeladoria foi tratada pelo saudoso prefeito e até pelo deputado Edmir Chedid em algumas ocasiões, como uma espécie de subprefeitura, mas com limitações, sendo os zeladores subordinados ao prefeito Professor Amauri Sodré e ao secretário de Serviços. Porém, eles não são amarrados a Ordens de Serviços e têm liberdade e o dever de resolver e sanar problemas nos bairros sob sua responsabilidade. Acontece que essa liberdade, tem causado desconforto e insegurança em alguns vereadores, que muitas vezes chegam atrasados nos “problemas” dos bairros e quando chegam, o “B.O.” já está resolvido ou em andamento.
Dor de cotovelo I
As seis zeladorias: Norte, Sul, Oeste, Centro-Leste e Rural 1 e 2, tem tirado o sono daqueles vereadores que sonham em disputar a reeleição. Tudo porque esses edis acham que sua função é apenas cuidar de buracos e problemas dos bairros, e têm perdido o momento oportuno de indicá-los e, quando o fazem, tudo está encaminhado. Para que isso cesse, um deles fez uma proposta quase indecente, além de inconstitucional, para que se crie uma lei que impeça os zeladores de concorrer à vereança. Provocou o Executivo para que se crie a lei, porém, esqueceu-se que ele foi eleito pelo povo justamente para isso, não para ser fiscal de buraco, e, se vê a necessidade da lei, que a crie. Claro que não irá tão longe, até porque não deve ter nenhuma lei pronta sobre o tema para dar o famoso copia e cola e a capacidade jurídica e intelectual…Melhor deixar pra lá.
Dor de cotovelo II
Claro que todo esse ataque aos zeladores é puro medo das urnas, uma vez que qualquer um dos seis zeladores têm mais empatia do cidadão do que qualquer vereador. Chamar eles de “prefeitos” como foi feito na última sessão, mostra o desespero de tomar uma lavada na hora de contar os votos. Esses zeladores estão na linha de frente e no corpo a corpo todos os dias, ouvindo e resolvendo os problemas dos bairros, ao contrário de muitos vereadores, que só aparecem depois que a zeladoria já se antecipou ao problema, e que usam das redes sociais, através de vídeos, como se fossem os legítimos ‘pai e mãe’ da obra, que na verdade é mérito da secretaria de Serviços e da prefeitura. O vereador tem que legislar, criar leis para o bem do povo, fiscalizar as obras paradas, cobrar o executivo arduamente, fiscalizar a SABESP, que deixa tudo inacabado pela cidade e não querer ficar com dor de cotovelo e criticar quem realmente trabalha em prol da população. É o fim da picada!
Thiago Scuro x Marco Chedid
A lástima em que se encontra o Bragantino é puro reflexo de como o time está sendo mal gerido pelo CEO Thiago Scuro. O executivo não é cartola e talvez falte esse tino a ele. É aí que deveria entrar Marco Chedid, com a experiência de anos no futebol e escola com os maiores cartolas do futebol brasileiro, como seu pai Nabi Abi Chedid e até Eurico Miranda. A experiência e sabedoria do cartola para resolver problemas como os que a franquia austríaca vem passando, já teria colocado o time nos trilhos. Como por exemplo, a indisciplina no elenco, que pode ser resolvida com afastamento, empréstimo para um time da 5ª divisão ou a rescisão imediata. Em outro exemplo, em um jogo horrível contra o Água Santa, era entrar no vestiário “rasgando”, cobrando intensamente, olhos nos olhos dos milionários atletas.
Acontece que Scuro não é do ramo. Pode ser estudioso, gerente financeiro, mas se mostra inábil nessa cobrança do vestiário e no dia-a-dia e mais inábil ainda nas negociações, pagando altíssimos valores em atletas que chegam como “ouro bruto”, mas na verdade são “ouro de tolo”. Nessas horas, a experiência de Marco Chedid seria uma soma ao CEO, que além de executivo, aprenderia a ser um cartola à moda antiga. Talvez é isso que falte para que o Bragantino voe como o prometido, até porque nesse marasmo em que está, o horizonte que se descortina é a queda para a série B e a eliminação na Sul-Americana.
Rei? Rei, honra seus súditos
Apelidado de “Rei Artur” pela torcida, o atacante se mostra ingrato com quem o venerava. Se omitiu nas partidas da Copa do Brasil e semifinal do Paulista. Não chamou a responsabilidade para o título que ganhou dos torcedores, se escondeu e não honrou a camisa 10 do Bragantino, usada por feras como Dema (1959, Bragantino vice-campeão da Série A2); Hélio Burini (ex-Palmeiras, ex-Guarani e campeão pelo Bragantino em 1965); Valdir Gaúcho (1967, vice-campeão Série A2), Alberto Félix (vice-campeão brasileiro 1991), e mais recentemente por Claudinho, que jogou muito e honrou a camisa do Massa Bruta, mesmo após vendido para os russos. Artur pode ter feito coisas incríveis, porém, não chega nem perto da habilidade dos citados, principalmente porque quando realmente foi necessária, o líder se omitiu. Aliás, está claro que ele não quer continuar na equipe, principalmente após a proposta feita pelo Palmeiras. Que vá! A torcida é grata pelo pouco que fez, mas não quer insatisfeitos no elenco.
Arca de dispensas
Parafraseando meu amado mestre e digníssimo guru, Wagner Azevedo, passou da hora de a diretoria montar uma barca de dispensas, aliás, barca é simplório, tem que montar uma arca para caber tanto “pé de rato” (gíria usada para quem é perna de pau), atualmente hospedados no spa da “Red Bull”. Alerrandro é um deles, joga mal, e desde sua chegada passou mais tempo no DM e “Spa” da Red Bull do que em campo. Aliás, dentro das quatro linhas tem sorte em marcar alguns gols, é mais oportunista do que bom jogador. Sem contar outros tantos, que se fossem nomeados aqui ocupariam a totalidade do espaço.
Vai com Deus
Luan Cândido é outro que se mostra ingrato, interage nas redes sociais falando em jogar em outros clubes e demonstra arrependimento de ter vindo. Nessa semana foi multado pela diretoria por isso. Porém, ao contrário de decisões transparentes, a multa não foi divulgada, o que mais parece uma cortina de fumaça para “apaziguar” a torcida do que uma ação efetiva de punição, que na verdade nunca iremos saber se realmente houve.
Artilheiro da equipe no Brasileirão do ano passado, mesmo sendo lateral esquerdo, Luan parece se achar insubstituível e mais importante do que os demais jogadores. Se não quer ficar, que vá com Deus!