Rogério Machado
Começou a “maior festa popular brasileira”, o Carnaval.
A origem dessa festa é um tanto obscura. Alguns historiadores afirmam sua procedência nas festas populares que aconteciam em Roma (século XI) em homenagem a Baco e Saturno (deuses da fertilidade e vinho), onde havia um desfile chamado currus navalis. Outros asseveram que o Carnaval deriva das festas do Egito, que aconteciam logo após a colheita, por volta de 2.000 anos antes de Cristo, celebrando a deusa Isís e o deus Osíris. Nessas comemorações era comum o desfile de barcos enfeitados pelo Rio Nilo, os carros navais. Uma terceira corrente afirma que como a palavra carnaval deriva da expressão latina carnem levare (abstenção de carne), a festa teria começado quando o Papa Gregório Magno (590-604) denominou o último domingo antes da quaresma de dominica ad carnes levandas, indicando a exigência da abstenção de carne durante o período. Antes do jejum quaresmal, entretanto, havia uma “despedida” regada a vinho e carne. Nesse dia carne vale. Mas, para o historiador José Carlos Sebe, “ao Carnaval estão relacionadas as festas e manifestações populares dos mais diversos povos, tais como o purim judaico, as saturnálias romanas e as saceias babilônicas”.
O Carnaval brasileiro é uma herança do entrudo português e das mascaradas italianas acrescido de elementos africanos. O Carnaval é uma festa popular aprovada pela maioria da população brasileira. Entre os que aprovam a festa, a motivação é a oportunidade de extravasar sua alegria, liberdade de sensualizar e sexualizar. É a ocasião de dar vazão aos desejos da carne, carne vale. Entre a minoria que rejeita a festa estão os evangélicos, notadamente os fundamentalistas.
Creio que a festa, apesar de aquecer a economia, traz mais malefícios do que benefícios. São estupros (na maioria de adolescentes); embriaguez e consumo de drogas que levam a brigas e desentendimentos e até mortes; acidentes de carro, que mutilam e/ou levam à morte, em grande parte ocasionada por excesso de velocidade devido a excitação da festa; assaltos, roubos e furtos; e mais, um enorme volume de lixo produzido.
Mesmo entendendo a aprovação da maioria, é necessário que se saiba que essa festa, em suas manifestações, tende para aquilo que a Bíblia chama de obras da carne: “imoralidade sexual, impureza e libertinagem, idolatria e feitiçaria, ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, desavenças, facções e inveja, embriaguez, orgias e coisas semelhantes” – Carta de Paulo aos Gálatas 5:19 a 21. Por isso, a advertência dele é: “Façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, lascívia” – Epístola aos Colossenses 3:5. Portanto, liberte-se do desejo, participação e influência do Carnaval, que o afasta de Deus, e busque ao Senhor de todo o coração.
Considere se esta é uma festa que agrada a Deus, que nos criou a sua imagem e semelhança? Considere se vale a pena o incentivo e a participação nessa festa? Considere se tem obedecido ou não os ensinos revelados na Palavra de Deus e se você é guiado pelo Espírito ou pela carne? Vale o Espírito ou Carne Vale?…
Considere isso!
Rogério Machado é jornalista e pastor da Igreja Batista Boas Novas – Cd. Planejada II. prrogeriomachado@yahoo.com.br