“Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos.” (Nelson Rodrigues, escritor, jornalista e cronista esportivo)
FREGUÊS
Adversário de hoje do Bragantino, no Nabizão, o Santo André é ‘freguês de caderneta’ como se dizia antigamente. Na era Red Bull se enfrentaram apenas três vezes, mas enquanto Clube Atlético Bragantino, o saudoso Leão da Zona, foram 34 confrontos, com ampla vantagem do então alvinegro das Pedras. Os mais antigos devem recordar da dupla de ataque dos anos 1980, Everaldo e Bahia. Pois é justamente os dois que mais gols fizeram no time do ABC ao longo do histórico de confrontos. (Ver matéria nesta página).
DIFÍCIL
Toda e qualquer partida é difícil, porém diante do time do ABC vai ser diferente do que foi na vitória sobre a Ferroviária. O Santo André tem um conjunto melhor e por isso é vice-líder em seu grupo, um ponto atrás do Palmeiras. Jogando em casa, vai depender do Bragantino tornar a partida menos difícil do que se apresenta.
PONTARIA
2022 terminou, Maurício Barbieri não é mais o técnico, vários jogadores deixaram o elenco, porém permaneceu firme e forte a falta de pontaria dos atacantes. A quantidade de gols perdida desde o Brasileirão do ano passado é algo assustador. E repete-se agora no Paulistão. Para consertar isso, só treinando arremates a gol.
PÉS NO CHÃO
Quando se trata do Bragantino, é preciso ter os pés no chão e não criar expectativa de grande campanha no Paulistão. Com elencos melhores, nunca conquistou o título na era Red Bull. Portanto, é melhor analisar jogo a jogo o desempenho dos jogadores, que desde 2022 tem exagerados altos e baixos. E também não se deve esquecer que o bom jogo diante da Ferroviária se deveu, além do bom futebol do time, ao péssimo desempenho dos araraquarenses, que acabaram demitindo o técnico.
RECORDE
O atacante Alerrandro continua batendo recordes na atual temporada. Já disputou quatro partidas e delas saiu inteiro, ou seja, sem necessidade de dar uma passada pelo Departamento Médico. Que assim continue.
MAS JÁ? (I)
O zagueiro Luan Patrick, que estreou na quarta-feira com a camisa do Massa Bruta, marcou esse início de caminhada no clube com uma expulsão ao final da partida contra a Ferroviária. O moço mostrou que tem uma boa caixa de ferramentas e que vai usá-las independentemente da situação.
MAS JÁ? (II)
O Bragantino II estreou com vitória no Paulista A3, fora de casa, mas no primeiro jogo no Nabizão, na terça-feira (24), saiu de campo derrotado. Melhor colocar as barbas de molho. Em 2022 o time caiu da A2 para a A3.
TROCA-TROCA
Como esperado, diante de um time com futebol abaixo da crítica, o técnico Vinícius Munhoz acabou dispensado pela diretoria da Ferroviária de Araraquara. Três derrotas, em quatro jogos, não recomendaram sua continuidade. E não só na Série A1 do Paulista que o troca-troca de treinadores começou: também na A2 (Noroeste) e A3 (Matonense). E conforme as rodadas avançam, outras cabeças serão cortadas. Os treinadores que não conseguiram equipes no início da atual temporada, agora começam a ver a luz no fim do túnel.
EXPULSÕES
Os jogadores do Bragantino iniciaram o ano com a corda toda. Em três partidas, três expulsões, todas ‘pela gentileza’ dos pontapés. Primeiro foi o volante Raul, depois o zagueiro Natan e na quarta-feira, para marcar com ênfase a sua estreia com a camisa do clube, o zagueiro Luan Patrick. Isso significa instabilidade emocional. Outro que está próximo de ficar suspenso por uma rodada é Léo Realpe, que em três participações já coleciona dois cartões amarelos.
ALGUÉM DO RAMO
Parece mentira, mas ano entra, ano sai, e o Santos continua uma draga. Não há dinheiro que chegue, dirigentes amadores que resultam em contratações ruins e, dentro de campo, um futebol medíocre, que a torcida do Peixe não merece e está longe das tradições e glórias do time da vila mais famosa do mundo. Será que o Conselho Deliberativo do clube não consegue se organizar e contratar alguém do ramo para comandar o futebol? Mais uma derrota e já vai estar, de novo, brigando para não cair.
BILHETERIAS
Alguns jogos da Série A2 no último final de semana contaram com boa presença de público, superior a vários jogos da Série A1. O ‘clássico’ caipira entre o XV de Piracicaba (Nhô Quim) x Ponte Preta (Macaca) teve mais de 7 mil pessoas que passaram pelas bilheterias do Estádio Barão de Serra Negra.
ELEFANTES BRANCOS
Dois dos principais estádios do Brasil estão na berlinda e, se nada for feito, caminham para se transformar em ‘elefantes brancos’. O consórcio que cuida do Mineirão, de tantas glórias, está em litígio com o Cruzeiro, que informou a utilização do Estádio Independência, do América, para mandar seus jogos. O Atlético idem. No Rio, a disputa entre Flamengo/Fluminense x Vasco, pelo controle do Maracanã, também pode resultar num imbróglio daqueles.