Rogério Machado
Na próxima quinta-feira, 15, é aniversário de Bragança Paulista. Nossa cidade estará comemorando 259 anos de existência.
Conta à história que em 15 de dezembro de 1763 Antonio Pires Pimentel, mandou construir uma capela, numa colina da Serra da Mantiqueira, à margem do Ribeirão Canivete. Em torno dessa capela formou-se um povoado, que em 13 de fevereiro de 1765, recebeu o nome de Distrito de Paz e Freguesia de Conceição do Jaguary. Alguns dias depois, Conceição do Jaguari é elevada a condição de Paróquia, recebendo seu primeiro vigário.
No ano de 1797 o distrito passou a chamar-se Vila Nova Bragança. Essa denominação “Nova Bragança” parece estar ligada a cidade de Bragança, situada em Portugal. O nome refere-se à Casa de Bragança, que foi a quarta e última dinastia de reis e rainhas portugueses, que reinou em Portugal entre 1640 e 1910. Assim, o nome pode ter sido uma “bandeira portuguesa” fincada no caminho preferido dos bandeirantes que seguiam de São Paulo para Minas Gerais em busca de pedras preciosas e ouro. Em 1856, como município, passou a chamar-se Bragança e em 1944 Bragança Paulista, para diferenciá-la de sua homônima no Estado do Pará.
Por ter um excelente clima, Bragança foi elevada à categoria de Estância climática em 28 de outubro de 1964. Já em 29 de novembro de 1984, o município foi reconhecido pelo governo estadual, como sede de região do Governo do Estado de São Paulo, composta por 16 cidades.
Também conhecida como “Terra da Linguiça”, por reunir dezenas de fabricantes dessa iguaria, Bragança Paulista recebeu em 2020 o título de Capital Nacional da Linguiça Artesanal; isso através de projeto de lei (PL 2120/2019), de autoria do deputado federal Herculano Passos (Republicanos-SP). Bragança Paulista, intitulada “Cidade Poesia”, conta hoje com a “Praça da Poesia”, com bancos em forma e inscrições de livros; além do Lago do Taboão cada vez mais atrativo à turistas e moradores.
Assim como muitas cidades antigas Bragança traz marcas de seu passado: ruas estreitas, comércio e agências bancárias restritas basicamente ao centro e um sentimento de dependência da capital. Como uma cidade que avança para o futuro, as marcas da modernidade são o Bragança Garden Shopping, os inúmeros “condomínios fechados” que se espalham pela região urbana e rural; os cursos técnicos e de nível superior oferecidos pela USF (Universidade São Francisco), FESB (Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Pta), FATEC (Fundação de Apoio a Tecnologia) e CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica); o Hotel Villa Santo Agostinho e as diversas Pousadas, e comércio cada vez mais forte e competitivo.
Avançando para o futuro com um pé no passado, precisamos questionar se a cidade que sonhamos e desejamos está sendo construída e se somos participantes dessa construção. Se, como cidadãos, conhecemos nossos direitos e deveres, e fazemos prevalecer os direitos enquanto cumprimos nossos deveres.
O cristão como cidadão, deveria lembrar-se de que nada trouxemos a este mundo e nada levaremos dele, mas que somos responsáveis por ele. Assim, como cristãos bragantinos de nascença ou adoção, somos responsáveis por nossa cidade.
O cristão deve lembrar-se de “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, conforme o Evangelho de Mateus 22:36 a 39, agindo com amor em cada ato em favor da sociedade. Também deve lembrar-se de orar pelas autoridades constituídas usando “a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos… e de todos os que se acham investidos de autoridade” – 1ª Epístola de Paulo a Timóteo 2:1 e 2.
A cidade que desejamos é a que estamos construindo com nossas ações diante de Deus.
Rogério Machado é jornalista e pastor da Igreja Batista Boas Novas – Cd Planejada 2. prrogeriomachado@yahoo.com.br