O Bragantino conseguiu uma proeza na noite desta segunda-feira (4), ao ser derrotado no Nabizão pelo medíocre Botafogo do Rio. Ao apito final do árbitro o time da estrela solitária voltou para o Rio de Janeiro com três pontos na bagagem e colocou o Bragantino a um ponto da Zona de Rebaixamento.
O primeiro tempo foi digno de devolver o dinheiro aos mais de 4 mil torcedores que foram apoiar o Massa Bruta. Pelo que mostraram as duas equipes, seria mais honesto.
Não se está aqui a pedir a ‘cabeça do técnico”, mas o futebol apresentado pelo Bragantino é sobejamente conhecido e até mesmo um time ruim, como o Botafogo, conseguiu controlar o primeiro tempo, que à rigor, não obrigou nenhum dos dois goleiros a intervir para evitar gols. O espaçamento entre as linhas que o Massa Bruta vem mostrando nas últimas 10 partidas, que dificulta a criação de jogadas, parece tarefa difícil para Barbieri arrumar.
Na etapa complementar o Braga correu mais, até conseguiu encurralar o time carioca em sua defensiva, mas isso tudo de forma desordenada, com muito ‘chuveirinho’. Embora Maurício Barbieri tenha reclamado ao final da partida, a verdade foi uma só: todos os gols da equipe da casa foram irregulares e a penalidade em Helinho não existiu. Portanto, transferir a responsabilidade do péssimo futebol apresentado não reflete o que se viu em campo.
Peças fundamentais como Léo Ortiz, Raul e Artur definitivamente estão em má fase e isso tem refletido nos resultados. O mais perturbador é que essa espinha dorsal, responsável pelas melhores jogadas do time, não tem substitutos à altura.
A derrota joga o Bragantino na perigosa zona próxima ao rebaixamento e a falta de perspectiva de um futebol mais convincente tira o sono do torcedor. O Botafogo fez o gol da vitória num lance em que Léo Ortiz, ao tentar interceptar a trajetória da bola, ‘tabelou’ com o atacante do alvinegro que só teve o trabalho de empurrar para as redes.
O Botafogo não mereceu vencer, assim como o Bragantino não mereceu perder. Mas o time da casa foi de uma incompetência desmedida.
ATUAÇÕES
Cleiton: Sem muito trabalho, sem culpa no gol e quase consegue a consagração se o chute do meio de campo do Botafogo tivesse o endereço das redes. Nota 6,0.
Aderlan: Procurou ajudar o ataque, mas o time não consegue articular com eficiência. Nota 6,0.
Léo Ortiz: O capitão está em má fase. Não pelo erro no gol da vitória adversária, mas não tem conseguido desenvolver o que sabe. Como é o principal destaque de uma zaga muito instável, fica difícil evitar as derrotas. Nota 5,5.
Natan: Não fez uma partida ruim, ainda assinalou um gol, mas estava impedido. Nota 6,0.
Luan Cândido: No mesmo patamar de seus companheiros de zaga. Nota 6,0.
Raul: Completamente perdido no primeiro tempo, demorou a engrenar. Nota 5,5.
Lucas Evangelista: É, ao lado de Hyoran, o que mais produz defensiva e ofensivamente. Mas sem ajuda consegue muito pouco. Nota 6,5.
Hyoran: É o que mais chuta a gol e busca construir as jogadas de ataque. Nota 6,5.
Artur: Nem a sombra do jogador que foi antes da contusão. Desde o seu retorno tem jogado muito pouco. Nota 5,5.
Alerrandro: Em meio à mediocridade do time até se saiu razoavelmente. Foi o mais perigoso. Notas 6,5.
Sorriso: O mesmo futebol de partidas anteriores. Alterna bons e maus momentos. Nota 5,5.
Carlos Eduardo: Foi o melhor daqueles que entraram no segundo tempo, procurando finalizar a gol. Nota 6,0.
Barbieri: Precisa assumir seus erros. Culpar o árbitro, o gramado, a bola e o VAR não convence. Seu esquema tático não é mais novidade para os adversários, o que torna o time presa fácil. Além, claro, da má fase de alguns titulares absolutos. Nota 5,0.
BRAGANTINO 0 x 1 BOTAFOGO
Campeonato Brasileiro Série A – 15ª Rodada
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 4 de julho de 2022 (segunda-feira, 20 horas)
Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC) – Assistentes: Kleber Lúcio Gil (SC-Fifa) e Henrique Neu Ribeiro (SC) – Árbitro de vídeo: Wagner Reway (PB)
Público: 4.509 pagantes – Renda: R$ 87.950,00
Cartões amarelos: Gabriel Novaes (Bragantino) e Saravia, Vinícius Lopes, Lucas Fernandes e Matheus Nascimento (Botafogo)
Cartão vermelho: Eric Ramires (Bragantino)
Gol: Vinícius Lopes aos 63’ (Botafogo)
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Léo Ortiz, Natan e Luan Cândido; Raul (Miguel), Lucas Evangelista (Eric Ramires) e Hyoran (Gabriel Novaes); Artur (Helinho), Alerrandro e Sorriso (Carlos Eduardo). Técnico: Maurício Barbieri.
BOTAFOGO: Gatito Fernández; Kanu, Philipe Sampaio e Victor Cuesta; Saravia, Kayque (Del Piage), Patrick de Paula, Lucas Fernandes e Hugo; Vinícius Lopes (Daniel Borges) e Matheus Nascimento (Daniel Cruz). Técnico: Luís Castro.