Rogério Machado
Nos anos de 2010 e 2015 li duas matérias sobre um acontecimento registrado na Bíblia. A primeira dizia: “Cientistas provam cientificamente a abertura do Mar Vermelho do modo como foi descrito na Bíblia”. A outra matéria tinha por título: “A divisão do Mar Vermelho pode ser explicada pela ciência”. Ambos os textos tinham basicamente o mesmo conteúdo.
Um dos textos afirmava que “a história bíblica da divisão do Mar Vermelho, registrada no livro do Êxodo, pode ter acontecido de verdade. Ou, pelo menos, poderia ter acontecido sem quebrar nenhuma lei da Física.” Isso porque “pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos e da Universidade do Colorado mostraram como o movimento do vento descrito na Bíblia pode ter, de fato, afastado as águas e permitido a passagem de Moisés e o restante de seu povo. Simulações feitas em computador mostraram que ventos fortes vindos do leste, soprando durante toda a madrugada, poderiam ter “partido” as águas em uma região onde um afluente antigo do rio Nilo teria se fundido com uma lagoa costeira no Mar Mediterrâneo. Os ventos fortes teriam empurrado a água fazendo surgir uma passagem permitindo que as pessoas atravessassem o local com segurança.”
“As simulações combinam com o que aconteceu na história do Êxodo”, disse Carl Drews, chefe da pesquisa. “O vento empurra a água de acordo com as leis da Física, criando uma passagem segura com água dos dois lados, e então permite a volta da água abruptamente”. “O estudo mostra que a divisão de águas possui embasamento nas leis da Física”.
Outro texto dizia “Em 1882, o major-general Alexander B. Tulloch, do exército britânico, documentou que algo assim aconteceu no Canal de Suez, perto de Port Said (cidade egípcia), abrindo uma passagem entre as águas. Tudo indica que esse é o mesmo evento que aconteceu na descrição do Êxodo. Segundo Tulloch, a ventania, vinda do Leste, soprou fortemente durante toda a noite, características descritas em nosso estudo sobre a divisão do Mar Vermelho. Em Port Said, o vento é predominante do Noroeste. No entanto, ocasionalmente, ventos quentes e secos sopram do Leste.” … “A travessia do Mar Vermelho é um evento de enorme importância cultural para o povo judeu. A passagem pelas águas representa o nascimento de uma nação, o início da identidade dos israelitas.”
O curioso é que essas duas matérias estão em conformidade com o que atestou Werner Keller em seu livro “E a Bíblia tinha razão” (Edições Melhoramentos – 1959, pg 112): “A verdade é que foram encontrados alguns vestígios de passagens. A fuga do Egito pelo Mar dos Juncos é, pois, perfeitamente verossímil”.
Diante disso, chego à conclusão de que entra ano sai ano, passa-se uma, duas ou mais décadas, faz-se pesquisas e mais pesquisas e ao final chega-se a mesma conclusão: “Toda a Escritura divinamente inspirada é também útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para instruir na justiça” … “conhecendo primeiro isto, que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação, porque a profecia jamais foi dada pela vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falavam, movidos pelo Espírito Santo” – 2ª Epístola de Paulo a Timóteo 3:16 e 2ª Epístola de Pedro 1:20, 21.
Portanto, a Bíblia é a Palavra de Deus, sendo verdadeira e atual, própria para orientar até nos dias de hoje. E mais, não há como contradizê-la. É por isso que digo como o salmista: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!” – Salmos 119:97.
Rogério Machado é jornalista e pastor da Igreja Batista Boas Novas – Cd Planejada 2. prrogeriomachado@yahoo.com.br