Se vamos ter Carnaval em fevereiro ou início de março, só Deus sabe, embora dois prefeitos, de São Paulo e do Rio de Janeiro, se neguem a cancelar a festa. Ao menos por enquanto. Tudo está condicionado à pandemia do coronavírus, agora em sua versão Ômicron.
Se há dúvidas quanto à maior festa popular do País, certamente isso não alcançará os 200 anos da Independência do Brasil, a ser comemorado no dia 7 de setembro, nem as eleições quase gerais, em outubro, quando iremos escolher presidente da República, governador do Estado, senador, deputados estaduais e federais. E logo na sequência, a Copa do Mundo de Futebol, pela primeira vez em território árabe, no Catar.
São eventos importantes, notadamente a escolha do futuro presidente da República. Nomes não faltam, partidos jorram possibilidades, alianças são buscadas desde já e uma enxurrada de candidatos buscando vaga nas assembleias legislativas e Câmara dos Deputados, em Brasília. E, claro, no Senado da República.
As certezas e incertezas, como dito acima, vão ser ditadas pela pandemia, que dentro da minha mais absoluta ignorância científica, avalio que tem sido combatida em ‘suaves parcelas’. Ou seja, conforme aparece, busca-se o remédio, no caso, a vacina. Essa história de variantes e novas cepas do coronavírus vai longe. Podem apostar nisso. Primeiro foi a Delta, agora o Ômicron, depois devem vir Alfa, Beta, Gama, Ômega, quiçá todo o alfabeto grego. Verdadeira alegria dos laboratórios mundo afora.
O que assusta, além do vírus, é claro, é a possibilidade de se fechar tudo novamente, o que seria um desastre econômico de proporções inimagináveis. O próprio presidente da República já se manifestou, dizendo que se houver um novo lockdown o País quebra. E partilho dessa preocupação. O fechamento de tudo em 2020, mandou a conta em 2021: desemprego, salários baixos, inflação crescente e dólar nas alturas. À reboque, serviços públicos caríssimos (água, luz, impostos), combustíveis impagáveis para a maioria e alimentos ‘pela hora da morte’, como se dizia antigamente.
Atravessamos um momento em que as decisões precisam ser pensadas e repensadas com responsabilidade, sem confrontos entre os Poderes, porque o povo não vai aguentar mais uma paralisação.
Se as eleições e a Copa do Mundo podem dar um refresco à economia, é algo ainda difícil de se dizer. Mas fica a expectativa.