A disparada de preços dos combustíveis mantém seu curso e faz com que o litro da gasolina comum seja comercializado a R$ 6,39 em Bragança, desde o começo deste mês, um aumento de 52,87% se comparado ao preço praticado em janeiro deste ano, que era de R$ 4,18. Considerando a inflação oficial de janeiro a outubro, que é de 6,90%, o reajuste já chega a quase oito vezes mais o valor inflacionário do período.
Os constantes aumentos anunciados pela Petrobras faz com que os postos da cidade elevem seus preços, mesmo sabendo dos resultados negativos para o setor, como a diminuição no consumo. A Petrobras afirma que outros aumentos ainda devem ocorrer.
Os consumidores têm demonstrado insatisfação com os reajustes e apenas aqueles que dependem do carro para trabalhar são obrigados a bancar os custos dos combustíveis. Ainda assim, relatam que se trata de aumentos abusivos e que as justificativas apresentadas pela Petrobras não são entendidas pelo consumidor.
Em vários pontos da cidade, nas últimas semanas, o tráfego de veículos diminuiu sensivelmente e, segundo os gerentes dos postos, a queda nas vendas é uma realidade.
Etanol – Mesmo não sendo derivado do petróleo, o etanol tem sido reajustado em intervalos cada vez menores. Segundo o mercado, esse combustível tem aumentado de preço porque o mercado internacional está pagando mais pelo açúcar, o que tem levado as usinas a reduzir a produção de álcool.
Em Bragança o litro custa em média R$ 5,27, e esse valor não compensa ao consumidor. Para que o etanol fosse viável, deveria ter o custo de até 70% do preço da gasolina. Na cidade, hoje, ele está custando 82%.
Em janeiro deste ano o litro do etanol era vendido em média a R$ 3,68 e hoje, a R$ 5,27, aumento no período de dez meses de 43,2%.
foto: GB