Pais de alunos da escola Ladislau Leme, na Santa Luzia, foram avisados de que a partir de 2022, a escola atenderá, pelo período de um ano, no prédio do EBRAFA, antigo NAPA, na Vila Aparecida. A mudança ocorrerá por conta da transferência da escola Professor Paulo Silva, que se tornará período integral, para o atual prédio do Ladislau Leme. O atual prédio da escola estadual deve virar um museu. A intenção da prefeitura é de construir uma nova escola no bairro, no prazo máximo de um ano, para que, no ano letivo de 2023, os alunos do Ladislau Leme retornem ao bairro no novo prédio.
A GB procurou o secretário de Educação, Professor Adilson Condesso, que esclareceu as dúvidas e garantiu que nenhum aluno ficará desamparado e muito menos sem transporte. O secretário da Pasta revelou que os alunos de primeiro ano serão transferidos para a escola Fernando da Silva Leme, no bairro pelo período de um ano e não precisarão se deslocar. Já os alunos do quinto ano e os que devem ingressar no sexto e que moram no bairro, tem grande chance de permanecer na Escola Professor Paulo Silva em período integral. Já os alunos de segundo, terceiro e quarto ano e que moram no bairro e não dependem de transporte, o secretário garantiu: “Esses alunos nós vamos transportar. Transporte público e de qualidade, para quem quiser. Nós vamos disponibilizar a todos que residirem há mais de 2 km do prédio do EBRAFA”.
Segundo Condesso, nesse um ano, o prédio do EBRAFA será exclusivamente da escola, podendo ser realizados quaisquer adaptações necessárias para receber os alunos. O secretário ainda crava: “Isso será provisório. A administração já está procurando um terreno público naquela região, para buscar o projeto e edificar uma nova escola no bairro. Estamos ganhando uma escola em período integral fundamental 2 e médio que o bairro jamais teria e ao mesmo tempo, com o sacrifício de um ano, vamos receber um prédio novo, na mesma comunidade”. Condesso ainda afirmou que se houver demanda o novo prédio da Ladislau Leme, poderá atender as crianças em período integral. “Nos prédios novos a ideia é sempre manter integral, hoje nós temos quatro. Mas queremos pular para nove”, disse. Aliás, essa mudança é o ponta pé inicial para que o bairro ganhe uma nova escola moderna e preparada para receber esses alunos em tempo integral.
Outro esclarecimento feito pelo secretário, é que grande parte das crianças são de bairros que ficam longe da Santa Luzia, como Vista Alegre e Jardim São Miguel. “Esses alunos podem optar por ficar no próprio bairro que nós vamos disponibilizar a vaga. Existem as vagas, temos mais de 800 vagas”, explicou.
A mudança – Segundo Condesso, um projeto da secretaria de Cultura e Turismo, prevê a criação do Museu do Café e da Ferrovia, no atual prédio da escola estadual Professor Paulo Silva e que integrará o complexo cultural Praça da Poesia. Em conversas com o Estado, o prédio da escola municipal Ladislau Leme, entrou em pauta, por ter condições de abrigar o ensino Fundamental 2 e o Ensino Médio em período integral e principalmente para manter a proximidade de alunos matriculados no Paulo Silva e que são da região da Santa Luzia. Porém, para isso ocorrer, a transferência do Ladislau Leme para o prédio do EBRAFA, seria necessária. Além do mais a mudança da escola tira os alunos do Paulo Silva de uma região populosa, com avenidas movimentadas, bares. “Qualquer mudança gera um certo desconforto e a gente vai ter que contar com a compreensão dessas pessoas, porque é uma coisa muito bem pensada pela administração, para se juntar essa questão cultural que é importante lá no Taboão, para não deixar longe de casa os alunos do Fundamental 2 e do Médio e também não deixar tão longe os pequenos e queridos alunos. São dois quilômetros e nós vamos dar essa estrutura”, finalizou Condesso.