Foram dezenas de oportunidades de gol criadas e desperdiçadas ao longo de 90 minutos. Na prática, isso significou a eliminação do Bragantino da Copa do Brasil, diante de um Fluminense apático, que não jogou absolutamente nada e ‘achou’ um gol de falta. E foi esse gol que fez a diferença. No jogo de ida, o tricolor carioca venceu por 2 x 0 e, nesta quarta-feira (9), no Nabizão, perdeu por 2 x 1.
Não é novidade a peça ofensiva do time de Barbieri falhar. Tem sido assim jogo após jogo. Claro que, entre um e outro, há aquelas em que o time também não joga absolutamente nada.
Diante do Fluminense, a equipe se comportou bem nos dois períodos de jogo, até chegar ao gol adversário. Aí foram chutes ‘cara a cara’ que o goleiro pegou, um outro que Ytalo teve o gol escancarado à sua frente e chutou nas mãos desse mesmo goleiro, teve trave, bolas tirando tinta delas, enfim, o repertório completo. Em que isso resultou: na desclassificação.
E todo final de jogo é o mesmo mantra: time jogou bem, dominou, teve maior posse de bola, criou inúmeras oportunidades, sufocou o adversário e deixou a competição. Ou se muda isso ou os resultados serão sempre os mesmos: time fora da disputa de títulos.
A entrada de Jan Hurtado, que muitos poderiam dizer que foi tardia, poderia sim ter ocorrido antes, até porque Helinho não jogava nada, Ytalo estava em noite sem nenhuma inspiração e Lucas Evangelista muito aquém do que costuma produzir. Também não é menos verdade que Hurtado, em outras oportunidades, também ficou devendo. Mas nesta quarta-feira foi mais feliz e foi duas vezes às redes.
O Fluminense estava tão mal, que não se pode dizer que jogou para o gasto. Não jogou! O Bragantino é que mais uma vez falhou em partida de mata-mata. E justamente nesse sistema vem sendo eliminado desde o Paulistão de 2020, da Copa do Brasil também de 2020, do Paulistão de 2021 e novamente da Copa do Brasil de 2021. Uma coleção de insucessos respeitável. Agora restou só a Sul-Americana, já que o Brasileirão é disputado por pontos corridos.
Hora da diretoria e comissão técnica buscarem soluções e compreender o que não funciona.
O placar de 2 x 1 foi construído na segunda etapa: o Fluminense abriu o marcador aos 15 minutos, através de falta bem cobrada por Nenê, que teve origem em uma das muitas faltas que o lateral Aderlan cometeu. O empate até não demorou a sair, veio aos 22 minutos, através de Hurtado, que mergulhou de cabeça para empatar. A virada, sem efeito prático, chegou aos 42 minutos, novamente com Hurtado, em linda jogada de Artur.
Bragantino eliminado e que volta a campo neste domingo, 20h30, novamente no Nabizão, e novamente contra o Fluminense, agora pelo Brasileirão.
ATUAÇÕES
Júlio César: Sem culpa no gol sofrido e muito pouco acionado diante de um Fluminense fraco.
Aderlan: Talvez tenha sido o jogo em que cometeu mais faltas. Não economizou. Numa delas o gol que desclassificou o time.
Léo Ortiz: Teve pouco trabalho, pois o Fluminense chegou muito pouco.
Natan: Boa partida e ainda arriscou subidas ao setor ofensivo.
Luan Cândido: Apareceu bem em jogadas no ataque, apenas regular defensivamente e também abusa das faltas.
Jadsom Silva: Foi melhor na etapa inicial, e ainda arriscou chutes a gol.
Lucas Evangelista: Noite sem inspiração, criou pouco e ficou devendo.
Pedrinho: Cisca de um lado, cisca de outro e não produz nada de efetivo.
Artur: Muito bom primeiro tempo, com movimentações que levaram perigo. Caiu na etapa final, mas ainda assim participativo.
Ytalo: Um jogador com a sua categoria não pode perder dois gols cara a cara duas vezes seguidas. Um foi na partida anterior.
Helinho: No mesmo nível de Evangelista. Muito aquém do que pode produzir.
Hurtado: Desta vez a sorte lhe bafejou e foi duas vezes às redes.
Barbieri: Tem que explicar porque seu time perde tantos gols. Isso vem de longe. Cria e perde, domina e perde e, desta vez, venceu e perdeu.
BRAGANTINO 2 x 1 FLUMINENSE
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 9 de junho de 2021 (quarta-feira, 21h30)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO) – Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Bruno Raphael Pires (GO)
Gols: Nenê aos 15’ (Fluminense) e Hurtados aos 67’ e aos 87’ (Bragantino)
BRAGANTINO: Júlio César, Aderlan, Léo Ortiz, Natan e Luan Cândido; Jadsom Silva (Leandrinho), Lucas Evangelista (Eric Ramires) e Pedrinho (Cuello); Artur, Ytalo (Chrigor) e Helinho (Hurtado). Técnico: Maurício Barbieri.
FLUMINENSE: Marcos Felipe; Samuel Xavier, Manoel, Luccas Claro e Egídio; Martinelli, Yago e Nenê (David Braz); Caio Paulista (Kayky), Gabriel Teixeira (Luiz Henrique) e Fred (Abel Hernández). Técnico: Roger Machado.