No início dos anos 2000 era possível comprar um grande número de produtos com apenas uma nota de R$ 100. Hoje, para adquirir a mesma quantidade, são necessários R$ 350,00. Trata-se de uma diferença expressiva, que representa não só a queda no poder de compra do consumidor, mas também o aumento verificado no período, nos custos dos produtos. E pesa no bolso das pessoas. Não é só o comerciante que aumentou os preços, foi o real que perdeu o seu valor de compra.
Os números são de matemáticos que compararam os gastos nos dois períodos e a inflação medida pelo IPCA nesses 20 anos.
Combustíveis – Trazendo a conta para os combustíveis, apesar do valor do dinheiro continuar o mesmo que está escrito nas cédulas, todo ano a inflação faz seu valor aquisitivo ficar menor. Uma nota de R$ 100 pagava para encher o tanque com gasolina, há 20 anos. Hoje, são necessários R$ 250,00. No caso do etanol, hoje são necessários R$ 170,00, levando-se em conta o preço médio dos dois combustíveis, por litro, praticado em abril do ano passado.
Em relação à cesta básica, nos últimos dez anos o valor mais que dobrou pelos mesmos itens: no ano passado custava R$ 640,00 e, em 2011, R$ 260,00.
Entre outros componentes da desvalorização do real, estão o dólar, a queda no consumo interno e as vendas maiores para o mercado internacional.