João Antonio de Oliveira Valle, de 60 anos, vulgo “João Caolho”, mas conhecido como “Gaúcho” em Bragança Paulista, foi preso na manhã de quinta-feira (22) por policiais da Delegacia de Investigações Gerais – DIG, sob o comando do delegado Dr. Elton Costa. “João Caolho” foi condenado há 24 anos e 6 meses de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte) ocorrido na cidade de Curitiba, no Paraná, em 16 de novembro de 2001. Após o crime, ele fugiu para Bragança Paulista e aqui se estabeleceu por 19 anos, até cair na mira certeira dos tiras da DIG. Aqui, ele mantinha uma vida acima de qualquer suspeita. O delegado titular da DIG, Dr. Elton Costa, disse que “O autor do crime fugiu aqui para Bragança Paulista, e estabeleceu uma empresa e vinha desenvolvendo essa atividade há muitos anos. Ele se utilizava de uma identidade falsa e conseguiu se manter foragido por tanto tempo”, explicou. O Delegado disse ainda que ele não apresentou a identidade falsa e que apenas uma cópia de um documento, onde ele usava o mesmo prenome com sobrenome diferente.
Dr. Elton ainda ressaltou que o crime prescreveria nesse ano, o que deixaria João Caolho impune. “Após um prazo de prescrição de 20 anos ele ia deixar de poder ser preso, ou seja, ele ia se beneficiar desse fato e sair impune” esclareceu. O criminoso, após passar por exame de corpo delito foi encaminhado a Cadeia Pública de Piracaia, para depois ser transferido para um presídio no Paraná.
Prisão – Dr. Elton Costa explicou que que a DIG chegou até “João Caolho” através de outra investigação que ainda está em andamento. Durante o trabalho de campo dos investigadores, foi descoberto que “Gaúcho”, como é conhecido em Bragança, era alvo procurado na região sul do país, onde teria matado uma pessoa. Por conta disso, foi feita pesquisas a cerca dos fatos e os experientes tiras descobriram que “Gaúcho” na verdade era João Antonio de Oliveira Valle, de 60 anos, vulgo “João Caolho”, procurado por latrocínio e formação de quadrilha em Curitiba.
Com essas informações, os policiais foram atrás de João e o encontraram saindo de sua casa. Ele não ofereceu resistência e na delegacia disse ser inocente.
O crime – A reportagem da GB encontrou processos sobre o caso e descobriu que João e outras três pessoas planejaram o roubo de um veículo Ford/F4000, na cidade de Curitiba. Na época a Polícia Civil descobriu que João Caolho e outros dois comparas foram até a casa da vítima um dia antes do crime com a intenção de comprar o veículo. A suspeita é que eles tenham armado uma emboscada para matar a vítima.
Segundo o processo, um dos membros da quadrilha, identificado como Ailton João, vulgo “Gauchinho” era responsável em localizar e comprar os veículos encomendados através de cheques furtados ou roubados e caso fosse necessário ele mesmo praticava o roubo ou furto. Outro indivíduo, menor na época do crime, o auxiliava na empreitada criminosa. Os veículos roubados eram levados para uma chácara e entregues para João Caolho e Antonio Scotti, vulgo “Nunes”, que eram responsáveis em adulterá-los e revende-los, ou até desmanchá-los. O documento ainda diz que o bando criminoso se reunia na chácara de Antonio Scotti, para arquitetar os crimes e esconder os carros roubados. Após a prisão foi encontrado um caminhão e dois tratores roubados que, segundo o processo, eram encomendas de João Caolho.