Em 2020, ano em que o País se viu mergulhado na pandemia do novo coronavírus, a frota de veículos em Bragança teve um crescimento de 2,38%, na comparação com o ano anterior, enquanto em 2019 o aumento foi de 3,07% na comparação com o ano imediatamente anterior. Houve um incremento de 3.136 unidades em 2020, e 4.700 em 2019. Foi o menor crescimento da década. Os dados são do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).
A evolução da frota de veículos na cidade começou a década com 8,9% de crescimento registrado em 2011. Os percentuais oscilaram entre 4,2% e 7% nos quatro anos seguintes. A partir de 2016 a variação caiu para 3% a 4%, até chegar em 2020 com 2,38%.
Levantamento feito pela GB junto a proprietários e revendedores de veículos, o período em que as lojas estiveram fechadas por conta das restrições do Plano São Paulo, além da economia em queda e a baixa produção de automóveis, explicam o menor percentual em dez anos.
Em muitas revendas, a constatação é que o mercado não está em crescimento, principalmente porque não há produto, ou seja, faltam opções para os clientes.
Montadoras voltaram a paralisar a produção, diante da dificuldade em encontrar peças e componentes eletrônicos para manter os estoques em dia. O setor automotivo tenta contornar ainda a insuficiência de insumos como aço, peças plásticas e pneus, o que deve durar mais alguns meses. O problema se agravou com o fechamento das unidades da Ford.
Ainda de acordo com os profissionais de revendas, a tendência de aquecimento do mercado está diretamente ligada ao aumento da informalidade no mercado de trabalho, à procura de carros e motocicletas para serviços de entrega.