Desde 2017 a Prefeitura Municipal vem trabalhando para a recuperação do maior cartão postal da cidade, o Lago do Taboão.
As obras, que eram proteladas há anos, resultaram num local abandonado e assoreado, também por causa de diversos empreendimentos próximos que tiveram alvarás aprovados pelas administrações do PSDB e PT, o que foi piorando a situação do local.
Em 2017, a Prefeitura recuperou convênio com o DADETUR para dar andamento ao processo licitatório que teve início em 2012 e por duas vezes não prosperou. Em janeiro de 2018, tiveram início às obras da FASE 1, que duraram quatro meses, sendo retirados 8.700 m² de material assoreado, com uma draga de aproximadamente 24 toneladas.
Agora, dois anos e meio após o início da recuperação, a prefeitura ainda cumpre o Termo de Ajuste de Conduta – TAC, firmado em 2011 com o Ministério Público. Após fazer a primeira caixa de retenção de resíduos sólidos, em 2019, na rotatória São Francisco para conter os sedimentos oriundos da região da via Norte Sul, a prefeitura iniciou na semana passada, a segunda caixa de contenção no trecho da Avenida Alpheu Grimello, da esquina com a Avenida Salvador Markowicz, no terreno em frente ao parque Terra da Magia. Já foram realizados os serviços de topografia e locação da obra, escavação do primeiro trecho de intervenção e início das paredes de contenção com gabião tipo caixa.
Além das obras ambientais, a prefeitura também executou a recuperação de todo o entorno, como ampliação das calçadas, implantação de ciclofaixas, ciclovias, pista de cooper, revitalização da arena de shows e paisagismo, remodelação da praça de esportes e a construção de rampas de acesso à deficientes físicos e pessoas com mobilidade reduzida. O sistema de iluminação foi substituído por lâmpadas de LED. Também já foram feitas a realocação das bocas de lobo para melhor drenagem e captação da chuva, impedindo alagamentos e água parada.
Entenda o TAC – Diante de uma crítica situação, em 2011, um TAC- Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre prefeitura e Ministério Público Ambiental estabeleceu a contratação de empresa especializada na elaboração do projeto executivo de desassoreamento, conforme critérios técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); ser executado até 31 de julho de 2016 o desassoreamento parcial (o que não aconteceu), com a retirada de no mínimo 21 mil metros cúbicos de sedimentos, de modo a restituir o espelho d’água semelhante ao ano de 2007; e, concomitantemente, tomar medidas preventivas e práticas de conservação do solo, cobertura vegetal, regramento de obras de drenagem e movimentação de terra naquela região evitando assim novo impacto ambiental.