LADEIRA ABAIXO
Ou a diretoria do Bragantino se mexe, ou a Série B está logo ali. A minha torcida, como bragantino nato e torcedor, é que a recuperação comece rapidamente. Caso contrário, vai ficar difícil. Em 30 pontos disputados o time conquistou 23%, ou seja, 7 pontos. Para completar, tem a pior defesa, aquela mesma que foi a melhor da Série B. Ninguém, certamente, desaprendeu. Então, o problema está fora das quatro linhas.
INSUFICIENTE
Em algumas partidas o Bragantino vai bem, mas isso é insuficiente para sair de campo com resultados positivos. Os dois técnicos, Felipe Conceição e Maurício Barbieri não enxergam, ou até agora não quiseram enxergar, que o meio-campo tem problemas de criação, que podem ser resolvidos com Uillian Correia (até aqui ignorado) e Thonny Anderson, quando este voltar aos gramados. Todos os que foram testados até agora não produziram o esperado: Lucas Evangelista, Leandrinho, Weverson.
MEIA-DÚZIA
Não sei dizer, pelo que foi visto até agora, em que Barbieri é diferente de Felipe Conceição. Amigos com que converso são unânimes em dizer que a diretoria trocou seis por meia-dúzia. A única diferença entre ambos, é que Barbieri ainda não perdeu o vestiário.
REALIDADE
Torcedores, imprensa, diretoria, enfim, todos querem que o Bragantino faça a melhor campanha nessa volta à elite do futebol. Mas também há que se enxergar a realidade: foram cometidos muitos erros logo após a saída de Zago. O time ensaiou uma volta por cima no Paulistão, cuja qualidade técnica é muito discutível e chegou ao Brasileiro com problemas internos, com jogadores insatisfeitos e com reflexos que todos estamos vendo em campo.
LABORATÓRIO
Se a diretoria do Braga imaginou utilizar o Brasileirão como laboratório para as contratações que fez, de jovens que assinaram contratos por quatro, cinco anos, errou feio. Não é um campeonato de improvisos, de testes, é um campeonato difícil, sem tempo para reparos no motor com o carro em movimento. Além do que, estão atirando esses jovens aos leões. A base do time campeão deveria ter sido mantida, com mudanças pontuais, como no caso de Artur, de Thonny Anderson, que vieram no início da temporada. Mas mudanças em larga escala prejudicaram o futebol que se viu em 2019.
FAZ FALTA
A lesão sofrida por Wesley, num amistoso inoportuno arranjado pela diretoria, que nem treinador tinha, prejudicou muito o modo de jogar do time. Wesley é um jogador tático, ataca, cria e defende com facilidade. Está há oito meses no Departamento Médico.
QUARTETO
Das quatro equipes que conquistaram vaga na Série A em 2019, Bragantino, Sport, Coritiba e Atlético-GO, o time de Goiás tem 12 pontos e o de Pernambuco tem 11 pontos. O Coritiba tem 8 e o Bragantino 7. Viraram a classificação final da Série B de cabeça pra baixo. Na dança dos técnicos, o Sport trocou Daniel Paulista por Jair Ventura, o Coritiba substituiu Barroca por Jorginho, o Braga demitiu Felipe Conceição e trouxe Maurício Barbieri. Apenas o Atlético-GO manteve o treinador da estreia, Vagner Mancini.
LEI DO EX
Uma das invenções mais imbecis dos últimos tempos no futebol é a tal da ‘Lei do Ex’. Em se tratando de futebol brasileiro, em que se troca de técnico e jogador como se troca de camisa, todo mundo tem um ex em seu elenco. E basta o sujeito marcar um gol que lá vem a frase idiota, como se fosse uma maldição.