Por dia, no primeiro mês deste ano, cada bragantino desembolsou R$ 3,81 em impostos. No período de 31 dias, esse gasto foi de R$ 114,43. Os dados são do Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que mede em tempo real a arrecadação de impostos no país.
No total, a arrecadação de tributos em Bragança foi de R$ 19.722.727,13 logo no mês de abertura de 2022, enquanto em igual período no ano passado registrou R$ 17.683.530,41. Aumento de 11,53%.
O peso dos tributos muda de acordo com a classe social. Assim, para uma pessoa que ganha mais, pesa menos pagar R$ 3,81 por dia. Esse fenômeno, segundo os entendidos, é conhecido como regressividade tributária. Os diferentes impactos de uma mesma alíquota tributária ficam ainda mais claros em diversos setores, mas principalmente na alimentação.
2021 – No ano passado, cada bragantino teve que trabalhar 149 dias, ou seja, até 29 de maio, somente para pagar impostos, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que considera alta a média de dias trabalhados só para o recolhimento de tributos.
O aumento de 11,53%, só no primeiro mês do ano, é um indicativo de que mais dias trabalhados serão necessários no decorrer deste ano para estar em dia com essa obrigação.
Metodologia – Para o cálculo do imposto pago pelo contribuinte, o impostômetro faz um somatório das Receitas Correntes dos municípios, incluindo além das arrecadações de tributos municipais (IPTU, ISS, ITBI, Taxas e Previdências Municipais) e multas, o montante das transferências constitucionais realizadas pela União e pelo Estado a que pertença, bem como outras receitas não-tributárias (receitas patrimoniais, industriais, etc.).
Segundo ainda o IBPT, em 1970 os brasileiros trabalharam 76 dias para arcar com a carga tributária, que aumentou para 77 em 1980, 102 dias em 1990, que passou para 138 em 2000, 141 dias em 2010 e 151 em 2020.