As seis represas que integram o Sistema Cantareira continuam com volume útil de água abaixo dos 30%, considerado pela ANA (Agência Nacional de Águas) classificado na faixa de restrição, há mais de 40 dias. Segundo a Sabesp, o armazenamento no Sistema é de 28,7%.
Nem mesmo as chuvas das últimas semanas foram suficientes para reverter o quadro de perda, mesmo com o mês registrando 166 milímetros em sua pluviometria, acima da média histórica para outubro, de 122,3 mm.
Seca – As chuvas de outubro ajudaram a minimizar os impactos da estiagem nos reservatórios, mas ainda são insuficientes para recuperar a água perdida desde abril, o que só deve ocorrer no começo de 2022.
Na comparação com o final do último período chuvoso, em abril deste ano, o volume médio dos seis reservatórios (Jaguari, Jacareí, Atibainha, Paiva Castro, Águas Claras e Cachoeira) caiu 53%. Era de 52;8% no começo de abril e está em 28% desde o início de outubro.
Represas – Entre as seis represas, a Paiva Castro (Mairiporã) tem o menor percentual de água armazenada (26,45%), enquanto Águas Claras (Caieiras) tem 85,38%. Também com níveis baixos, aparecem Jaguari/Jacareí (28,39%), Cachoeira (28,81%) e Atibainha (27,47%).
Estiagem – De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste chegaram, ao final de maio de 2021, com o armazenamento médio mais baixo para o mês desde 2001, ano em que o país enfrentou um racionamento de energia.
As duas regiões abrigam as principais hidrelétricas brasileiras, mas sofrem com chuva abaixo da média. No último período úmido, entre novembro de 2020 e abril de 2021, foi registrado o menor volume de chuvas dos últimos 91 anos.