Dois substantivos femininos definem com exatidão o que foi a partida deste sábado (1) entre Bragantino e Santos, pela penúltima rodada (para o Braga) da primeira fase do Paulistão: boa ‘vontade’ e falta de ‘inspiração’.
Na etapa inicial os comandados de Maurício Barbieri colocaram em prática aquilo que sabem fazer de melhor, ou seja, marcação alta, adversário preso na defensiva, mas ainda assim foi o Santos quem chegou primeiro com perigo, através de Marcos Leonardo, que recebeu em profundidade e tocou na saída de Cleiton, porém Léo Ortiz afastou, mas por sorte foi assinalado impedimento.
A atuação de Claudinho se destacava com a criação de oportunidades de gol, como aos 6 minutos, em que tocou para Ytalo entre os zagueiros, porém o goleiro praiano foi mais rápido e fez boa defesa. Aos 26, Pedrinho recebeu de Ytalo e inteligentemente tocou para Claudinho, na entrada da área, que chutou, contou com o desvio de Luan Peres e enganou João Paulo. Estava aberto o marcador. Mesmo melhor em campo, as oportunidades de gol foram poucas.
Na etapa complementar tudo mudou. O Santos resolveu marcar a saída de bola do Bragantino, Marinho se apresentou mais para articular o ataque e criou a jogada do gol de empate logo no primeiro minuto, ao deixar Lucas Braga em condições de finalizar: 1 x 1.
Como ocorre em todas as partidas, o Massa Bruta perdeu a ofensividade, vários jogadores perderam a produtividade e o Santos equilibrou as ações e até chegou ao segundo gol, em lindo chute de Jean Motta, aos 17’, porém o VAR anulou, acusando impedimento de Marinho, que havia construído a jogada.
Maurício Barbieri assistiu a tudo passivamente, demorou para promover substituições (embora com reservas fracos) e o jogador que poderia ter iniciado o segundo tempo, Luís Phelipe, entrou faltando 3 minutos, enquanto Artur realizou sua pior partida no ano.
O resultado, em si, classificou o Bragantino para a próxima fase do Paulistão, enquanto o Santos ainda luta pela vaga. Nesta edição a equipe não terá a melhor campanha da primeira fase.
Um resumo da partida que pode ser explicada através dos dois substantivos: um Bragantino sem inspiração e um Santos apenas com boa vontade.
Para cumprir a última partida desta fase, o Bragantino vai até Ribeirão Preto, dia 9 (domingo), para enfrentar o Botafogo.
ATUAÇÕES
Cleiton: Sem culpa no gol, uma ou duas boas defesas e na maior parte do tempo não foi incomodado.
Aderlan: Tem caído de produção e não tem o mesmo ímpeto em atacar como antes.
Léo Ortiz: O esteio da zaga. Faz coberturas, antecipações e sabe sair jogando.
Fabrício Bruno: Fraco. Não sabe sair jogando, tem dificuldades em fazer coberturas e ‘no mano a mano’ não tem fôlego para alcançar o adversário.
Edimar: Bem no apoio ao ataque e sem trabalho defensivamente, mesmo com Marinho pelo seu setor.
Ricardo Ryller: Tem tido boas apresentações como primeiro volante, aparece às vezes para concluir mas não consegue terminar uma partida sem receber amarelo.
Lucas Evangelista: Também não parece na melhor forma. Tem sido mais útil na ajuda defensiva do que na criação de jogadas.
Claudinho: Brilhante primeiro tempo, soube ocupar os espaços, criou jogadas e fez o gol. Na etapa final cansou e pouco produziu.
Artur: Figura patética em campo. Cruza mal, não faz jogadas de linha de fundo, erra passes e na etapa final foi figura decorativa. Precisa de banco.
Ytalo: No primeiro tempo ainda fez boas deslocações e quase fez o seu. No segundo tempo sumiu.
Pedrinho: Dos jovens que chegaram, mostrou ter alguma qualidade. O tempo dirá. Contra o Santos foi bem no início mas, como o restante da equipe, desapareceu na segunda metade da partida.
Cuello: O primeiro a entrar na etapa final e fez o que sabe de melhor: dar pontapés e ser punido com cartão.
Eric Ramírez: O time já estava combalido quando entrou. Pouco acrescentou.
Luís Phelipe: Precisa ter mais chances na equipe titular. Inexplicável sua condição de reserva, com Artur apresentando péssimo futebol.
Barbieri: Treinador previsível. Sempre o mesmo esquema de jogo, as mesmas substituições, os mesmos erros, enfim, o mesmo de sempre. Não consegue fazer o time jogar de outra maneira.
BRAGANTINO 1 x 1 SANTOS
Campeonato Paulista – 10ª rodada
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 1º de maio de 2021 (sábado, 20 horas)
Árbitro: Douglas Marques das Flores – Assistentes: Anderson José de Moraes Coleho e Fabrini Bevilaqua Costa
Público e renda: Portões fechados
Cartões amarelos: Ricardo Ryller, Cuello e Aderlan (Bragantino) e Pará e Lucas Braga (Santos)
Gols: Claudinho aos 26’ (Bragantino) e Lucas Braga aos 46’ (Santos)
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Léo Ortiz, Fabrício Bruno e Edimar: Ricardo Ryller (Eric Ramírez), Lucas Evangelista e Claudinho; Artur, Ytalo (Luís Phelipe) e Pedrinho (Cuello). Técnico: Maurício Barbieri.
SANTOS: João Paulo, Pará, Kaiky, Luan Peres e Felipe Jonatan; Alisson, Jean Motta (Vinícius Balieiro) e Gabriel Pirani (Lucas Lourenço); Marinho, Marcos Leonardo (Allanzinho) e Lucas Braga. Técnico: Marcelo Fernandes.