A proliferação do uso de smartphones e o barateamento da internet são impressionantes. Nas últimas eleições, notadamente nas de 2018 e 2020, ficou claro o poder da informação cibernética e sua penetração, nas mais diferentes camadas da “malha social”. Crianças, idosos, ricos, pobres, enfim, o uso é generalizado e se gasta muito tempo do dia nas “redes”.
Infelizmente, muitos não sabem usar, outros o fazem sem ética alguma.
As redes sociais são muito úteis e nos permitem receber informações em tempo real, enviar mensagens, fotos, arquivos, a custo baixíssimo (ou até de graça – Wi-Fi), estabelecer contato com pessoas que não vemos há anos e até residentes em outros países, dentre outras vantagens.
Alguns cuidados devem ser tomados, pelos usuários. Vejamos alguns:
O primeiro deles é lembrar que as crianças também têm acesso ao “Facebook”, de modo que não se deve postar, tampouco curtir, conteúdo sensual ou pornográfico. O mesmo vale para vídeos e fotos relacionados à violência.
Descriminação racial, religiosa, por opção sexual, decorrente de deficiência física ou mental, dentre outras, evidentemente, não podem ter espaço nas redes, por caracterizarem crime!
Observo, também, que a internet não é “muro das lamentações”. Problemas profissionais, amorosos, financeiros, dentre outros, não devem ser expostos; isto é antiético e inconveniente.
Nos últimos meses, lamentavelmente, as redes sociais mais parecem obituários. Às vezes nem dá vontade de dar uma olhadinha, sendo preferível a alienação, como mecanismo de preservação de nossa saúde mental.
Demonstrações de riqueza (carros, propriedades, jóias) podem ser ofensivas para alguns e gerar vulneração da segurança de toda uma família (sequestros, assaltos e até vandalismo).
Cuidado com o narcisismo! Tem gente postando “trocentas” fotos por dia, de “caras e bocas”.
Também sugiro que não se poste fotos de comidas, pois muitas pessoas que estarão vendo suas postagens não têm acesso a tais alimentos, ou, por motivos de saúde, não podem comê-los. Pense, principalmente, nas crianças.
Achei impressionante o modo de as pessoas se tratarem durante as campanhas eleitorais de 2018 e 2020, nas redes sociais. Ofensas e imposições de idéias, repetição de frases prontas, enfim, uma verdadeira papagaiada. Muita gente perdeu amizade, por causa da política, chegando ao ponto de haver estremecimento familiar.
Devemos ter cuidado, também, para não ofendermos os políticos e os candidatos com seus comentários. Eles também têm família e autoestima. A liberdade de expressão tem limites. Não queiramos virar réus em processos criminais (crime contra a honra), nem em ações de indenização decorrente de danos morais.
As redes sociais são muito úteis, mas devemos ter cuidados éticos e educação, ao utilizá-las.