A morosidade da Energisa em resolver problemas dos munícipes foi tema da primeira sessão ordinária realizada na terça-feira (2). Na tribuna Paulo Miguel Zenorini, a vereadora Fabiana Alessandri (MDB) expôs a falta de comprometimento da empresa Energisa, responsável pela distribuição de energia na cidade, com a Zona Rural. A presidente do Legislativo, Gislene Bueno (DEM), disse que a empresa precisa rever a forma de atuação, uma vez que o problema se estende por toda a cidade. “É pertinente nós encaminharmos um documento formal dessa casa para a Energisa, para que a empresa reveja sua forma de atuação e respeite mais Bragança Paulista” disse a presidente. Na quarta-feira (3), em reunião da Comissão Permanente de Finanças, Orçamento, Obras, Serviços Públicos e Desenvolvimento Urbano, foi deferido o convite para que um gerente da Energisa participe da Comissão para prestar esclarecimentos sobre os problemas. Segundo a vereadora Fabiana Alessandri, no final do ano passado, Luís Felipe Cazeiro Garcia, gestor de clientes, e Dalessandro Luís Mafei, gerente regional, estiveram presentes na Comissão e disseram que tomaria, providências. “Se ele tomou providências não resolveu os problemas. Então vou pedir novamente ”, relatou.
Problemas – Em sua fala, a vereadora declarou que desde o ano passado está sendo procurada por empresários dos mais diversos ramos, moradores e produtores rurais, que relatam a espera de mais de 24 horas para que a empresa resolva problemas de falta de energia. A edil ainda afirma que esse grande período sem energia trouxe prejuízos incalculáveis para o setor de agronegócios como a perda de milhares de litros de leite, além da morte de animais em granjas, uma vez que os eles são alimentados de forma mecânica, que necessita da energia elétrica. “As granjas por exemplo, milhares de frangos mortos pela quantidade de horas que eles ficaram sem energia e é todo um sistema mecanizado, que depende de energia para a alimentação dos animais” relatou. As granjas são apenas um dos diversos setores afetados. Segundo a vereadora os pequenos produtores também foram afetados, empresas tiveram atrasos em sua linha de produção, além do ramo hoteleiro, que recebeu reclamações constantes de hóspedes.
A demora no atendimento é o ponto crucial da discussão uma vez que, segundo a vereadora, foi relatado vários transtornos pela falta de energia, não só da Zona rural, mas também na Zona Urbana, onde bairros chegaram a ficar cerca de 19 horas sem energia. Ela afirma que muitos dos produtores, moradores e empresários entram em contato com a empresa através do 0800, e são avisados que o problema será resolvido em 3 ou 4 horas, porém isso demora mais de 24 horas. Alessandri disse ainda que tem um relatório com protocolos de solicitações dos clientes. Ela disse que chegou a intervir na demora e entrou em contato com Luís Felipe Cazeiro Garcia, gestor de clientes da empresa, solicitando providências para o restabelecimento da energia.
Por sua vez, a empresa alega que muitas vezes o problema é causado pelos galhos de árvores que entram em contato com o fio. Uma contradição, já que a poda é de responsabilidade da própria empresa que não faz a manutenção constante, o que fez com que a edil fizesse uma indicação ao executivo para que seja cobrada a poda constante das árvores que tem contato com a rede elétrica para evitar problemas futuros.