Que mudanças ocorreram no time do Bragantino num intervalo de 15 dias, entre duas derrotas (Athletico-PR e Palmeiras) e a goleada sobre o São Paulo? A resposta deve ser dada pelos jogadores, cuja maioria absoluta esteve em campo nos três jogos. Que explicações dar para os erros de finalização nas partidas anteriores e no aproveitamento desta quarta-feira? Novamente, os jogadores com a palavra.
O Bragantino foi muito superior ao São Paulo, poderia ter saído de campo com um placar mais elástico, novamente perdeu outras tantas chances e nenhuma mudança tática dentro de campo se observou, que não tenha sido usada anteriormente. Quem tem que explicar os muitos gols perdidos e os muitos marcados contra o São Paulo, são os jogadores.
Claro que o tricolor do Morumbi ajudou muito, pois entrou em campo como se estivesse num daqueles joguinhos de ‘casados x solteiros’. Para um líder do campeonato, irreconhecível.
O Bragantino, que não tinha nada com isso, se aproveitou da marcação alta que fez desde o primeiro minuto, encurralou a defensiva tricolor, que não conseguia sair jogando e isso resultou, logo aos 3’, na marcação do primeiro gol: Daniel Alves fez o que comumente costuma fazer (mas até então tinha contado com a sorte), ou seja, erra no passe próximo de sua área, e deu de bandeja para o melhor jogador em campo, Claudinho, que não desperdiçou desta vez.
A partir daí o Massa Bruta apertou ainda mais a saída de bola são-paulina e em 17 minutos já vencia por 3 x 1. Um primeiro tempo que ainda teria a marcação de mais um gol do Braga aos 44’, através de Artur, que depois de 28 jogos conseguiu ir às redes.
Final – Na etapa complementar o panorama pouco se modificou. O Bragantino perdeu outras tantas chances de gol, o que seria novamente desastroso se ainda não tivesse marcado, e o São Paulo não via a hora do apito final do árbitro.
As substituições em ambas as equipes não alteraram nada o panorama da partida. Uma vitória importante e mais importante ainda os três pontos para o Massa Bruta respirar longe da zona de rebaixamento. Claudinho foi o nome do jogo, com uma atuação brilhante.
O próximo adversário será o Atlético-MG, vice-líder, e o Braga perdeu o lateral Aderlan e o atacante Artur, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo. A partida será novamente no Nabizão, segunda-feira (11), às 20 horas.
ATUAÇÕES
Cleiton: Não conseguiu sair de campo sem fazer as já costumeiras pixotadas: desta vez bateu roupa no segundo gol do São Paulo. E um feito e tanto: é o segundo goleiro no País a tomar gol de Gonzalo Carneiro, desde que o atacante chegou ao Morumbi, há três anos.
Aderlan: Foi bem na marcação e também no apoio. Seu trabalho foi facilitado, pois não teve a quem marcar.
Ligger: Seguro e uma partida jogada com seriedade. Pouco permitiu a Brenner, artilheiro tricolor.
Fabrício Bruno: No mesmo nível de Ligger e a destacar o oportunismo ao marcar o terceiro gol.
Edimar: Também não teve problemas em seu setor, diante de um São Paulo inoperante.
Raul: Ao lado de Claudinho é o grande nome do time. Defende e avança com a mesma facilidade e o gol que fez foi de quem sabe jogar.
Ricardo Ryller: Depois de algumas entradas ruins em jogos anteriores, se mostrou mais participativo e ajudou tanto na marcação, quanto na criação.
Claudinho: O maestro do time. Jogo fácil, talentoso, muito criativo e, neste campeonato, artilheiro do time.
Artur: Finalmente foi às redes! E só! Deu três chutes a gol e não jogou absolutamente nada. No primeiro tempo o time optou por atacar pelo lado esquerdo e o isolou durante a maior parte dos 45 minutos.
Ytalo: Taticamente funciona bem, mas continua perdendo uma quantidade absurda de gols. Mesmo assim é muito melhor que os seus reservas.
Cuello: Vem mostrando um futebol promissor. Ajudou bem nas raras vezes em que o time era atacado e participou ativamente da criação de jogadas.
Barbieri: Não fez nada de diferente de outras partidas. O mesmo time, o mesmo posicionamento tático e, desta vez, contou com as finalizações certas do setor ofensivo.
BRAGANTINO 4 x 2 SÃO PAULO
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 6 de janeiro de 2021 (quarta-feira)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP) – Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)
Público e renda: portões fechados
Cartões amarelos: Artur e Aderlan (Bragantino) e Bruno Alves e Brenner (São Paulo)
Cartão vermelho: Tchê Tchê (São Paulo)
Gols: Claudinho aos 3’, Raul aos 13’, Fabrício Bruno aos 17’ e Artur aos 44’ (Bragantino) e Tchê Tchê aos 15’ e Gonzalo Carneiro aos 92’ (São Paulo)
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Ligger, Fabrício Bruno (Leo Realpe) e Edimar; Raul, Ricardo Ryller (Eric Ramires) e Claudinho; Artur (Bruno Tubarão), Ytalo (Hurtado) e Cuello (Weverton). Técnico: Maurício Barbieri.
SÃO PAULO: Tiago Volpi, Igor Vinícius (Paulinho Bóia), Diego Costa (Léo Pelé), Bruno Alves e Reinaldo; Tchê Tchê, Daniel Alves, Gabriel Sara e Igor Gomes (Trellez); Brenner (Gonzalo Carneiro) e Vitor Bueno (Rodrigo Nestor). Técnico: Fernando Diniz.