Por Ana Paula Alberti
Renovação essa é palavra da ordem na política brasileira. Em Bragança não é diferente, 93.473 cidadãos compareceram às urnas para eleger a administração municipal dos próximos quatro anos. Mesmo querendo renovar, a cidade se viu com poucas opções para isso no poder Executivo. Quatro candidatos disputaram o Palácio Santo Agostinho, e o 65,89% dos votos validos, optou pela manutenção da experiência e competência. Entre os concorrentes um candidato novato, apenas um mandato como vereador, ainda inexperiente, com um vice desconhecido da população, foi o segundo mais votado, mas ainda lhe falta entendimento da máquina administrativa, falta-lhe experiência. O terceiro colocado em dois mandatos, pouco fez em ambos, destilou em sua campanha notícias inverídicas, acabou se comprometendo diante da população que não engoliu o comportamento e mostrou o resultado nas urnas. Teve o candidato que apesar de anos na militância política e um mandato como vereador, não conseguiu converter o conservador eleitorado bragantino com suas ideias socialistas. E o candidato experiente, já são 5 mandatos como prefeito da cidade, reconstruiu nos últimos anos uma cidade esburacada, quebrada financeiramente, suja, escura, que cheirava mal, literalmente abandonada, como no dito popular, uma cidade que estava “na Roça”. E em quatro anos reestabeleceu crédito, organizou as contas públicas, reformou e revitalizou mais de 50 escolas, postos de saúde, praças, espaços de esportes e lazer, olhou para bairros há anos abandonados, ofereceu infraestrutura básica, qualidade de vida. Conseguiu finalizar, após uma década de entraves e abandono, o maior Centro Cultural da região, resgatou festas populares, devolveu a autoestima a população pessoas que confiaram a ele a cidade por mais quatro anos, após desastrosas administrações anteriores. Fez muito, mas ainda há muito o que fazer. Claro que nem tudo são flores, a cidade ainda tem problemas, mas perto do fundo do poço que estava agora estamos saindo a caminho da luz no final do túnel.
Existem muitas coisas a serem olhadas como: empregos, industrias, comércio, oportunidades, mas a população acredita que a cidade chega lá.
Em contrapartida da manutenção da experiência no poder executivo, a população renovou em 60 % a Câmara Municipal, reelegeu oito, retornou com dois e deu a oportunidade de fazer diferente a nove cidadãos que agora tem como dever representar a população e defender os interesses do povo. Lembrando que também cabe ao vereador legislar, analisar, fiscalizar, sempre em benefício da população que o elegeu.
Boa sorte e muito trabalho a todos, e que a população se orgulhe de suas escolhas.