Depois de quatro meses (início da pandemia) com alto número de trabalhadores formais (com carteira assinada) demitidos, Bragança voltou a registrar saldo positivo na geração de empregos no mês de julho.
Os números foram divulgados no sábado, 22, pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia. No mês passado foram admitidos 1.096 trabalhadores e dispensados 949, que resultou no saldo de 147 vagas.
De março a junho, no entanto, a cidade assistiu a um recorde de demissões nos principais setores da economia local: foram 1.800 desligamentos, um recorde nos últimos cinco anos. Só em abril foram 1.142 dispensas. Em março o estoque de vagas na cidade era de 45.275 postos de trabalho, e em junho registrou 43.775.
Setores – Segundo maior empregador na cidade, a Indústria de Transformação foi quem mais fechou vagas de janeiro a julho. Foram 602, vindo a seguir Serviços, quem mais contrata em Bragança, que demitiu 495 funcionários e o Comércio, com 474 desligamentos no período. A Agropecuária também teve saldo negativo de 48 empregos formais e apenas a Construção Civil apresentou viés de alta, com a geração de 32 postos.
O saldo dos sete primeiros meses de 2020 ainda amarga fortes consequências da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. Foram perdidos 1.587 (computando-se janeiro e fevereiro, que tiveram saldos positivos) nos sete meses. O País também acumula saldo negativo do período, de 1,092 milhão de vagas – o pior desempenho para o período na série histórica disponibilizada desde 2002.
A previsão de especialistas é que dificilmente neste ano o mercado de trabalho seja totalmente recuperado.