O Bragantino voltou a jogar mal no domingo, em casa, diante do lanterna Coritiba, e segue com campanha irregular no Brasileirão. A partida foi muito ruim tecnicamente e mesmo em seus domínios, não soube se impor. Se no primeiro tempo ainda teve alguns lampejos do futebol que todos conhecem, na etapa final foi um festival de horrores.
A primeira chance real de gol veio com Morato, aos 15 minutos, quando o goleiro Wilson toca para o zagueiro Rodolpho, recebe de volta meio que na fogueira e Morato fica com a bola, mas não consegue se desvencilhar do goleiro. Bobeira total.
Ao contrário de jogos anteriores, neste o Bragantino começou a errar passes muito cedo e comprometeu o setor de criação, em que Claudinho era a única figura em campo a mostrar futebol. Matheus Jesus era lento, desatento, faltoso e num dos lances levou o terceiro cartão amarelo, que o deixa fora do jogo em Fortaleza no sábado, 29, na capital cearense, diante do Fortaleza, jogo que acontece às 21 horas.
Sem ter a posse de bola, o Coritiba jogava nos erros do Braga e em tentativas de contra-ataque. Mas era um confronto truncado.
O primeiro gol saiu aos 44 minutos, em jogada de contra-ataque, que contou com uma ajudinha do goleiro paranaense. Na disputa com Alerrandro, fora da área, o goleiro levou a pior e o atacante tocou para Claudinho. Este, com muita calma, se livrou do zagueiro e tocou novamente para Alerrandro, que mandou para o fundo das redes.
Assim como no jogo diante do Fluminense, o time não teve tempo de comemorar, pois o zagueiro Fabrício Bruno, mais uma vez, fez bobagem e cometeu penalti em Sassá. O penalti foi o menor dos problemas. O defensor do Braga levou cartão vermelho e prejudicou o time. Sabino cobrou, aos 48 minutos, e empatou.
Etapa final – O show de horrores estava programado para a etapa final. Demonstrando instabilidade, Felipe Conceição cometeu seu primeiro erro, ao substituir Morato pelo zagueiro Ligger. Desmontou um ataque que já era improdutivo e chamou o Coritiba para o setor defensivo do dono da casa. Foi além, com a contusão de Alerrandro, deixou Ytalo no banco, atacante de ofício, para colocar o meia Lucas Evangelista. E o time do Paraná se aproveitou disso. Passou a tocar mais a bola e dominar o meio-campo.
O resultado veio logo aos 7’ minutos, em jogada de William Matheus pela esquerda, que cruzou para o interior da área e encontrou Robson sozinho, que desempatou.
Aos 12 minutos, para coroar seu repertório de bobagens, Felipe Conceição tira do time o único articulador que tinha, Claudinho, e coloca Robinho. Também trocou Matheus Jesus por Luís Phelipe. A partir daí foi um vale-tudo, esquema ‘zero’ e uma caricatura de time.
Cleiton começou a aparecer com boas defesas, impedindo o Coritiba de ampliar. Aos 25’ o Coxa chegou a marcar o terceiro, mas o VAR anulou pois o jogador estava impedido.
No desespero o Bragantino ainda tentou encontrar forças para reagir, nos minutos finais, mas o placar ficou mesmo em 2 x 1 para o Coritiba.
O Bragantino – Cleiton – Fez algumas boas defesas e não teve culpa nos gols que tomou. Aderlan – Em jornada pouco inspirada, errou mais no ataque e falhou em alguns lances no setor defensivo. Léo Ortiz – Joga por todos os demais da defesa. Se viu obrigado a cobrir Aderlan, Fabríco Bruno e depois Ligger e Edimar. Deixou o campo esgotado. Fabrício Bruno – A ele deve ser creditada a derrota. Se posiciona mal quando o adversário está no ataque, não consegue fazer a cobertura de Edimar e para coroar sua ‘exibição’, cometeu um penalti e foi expulso. Já tinha falhado bisonhamente em jogos anteriores. Edimar – Com Morato jogando mal, desde o início do campeonato, o lateral não tem conseguido se projetar ao ataque como gosta. A ala esquerda do time está capenga. Defensivamente não consegue voltar em muitos lances. Ricardo Ryller – Ao lado de Léo Ortiz é o outro ‘carregador de piano’ do time. Joga sozinho na marcação no meio-campo. Matheus Jesus – Se escondeu o tempo todo enquanto esteve em campo. Não serviu de opção de jogadas e quando tentou chutes a gol, errou todos. Levou o terceiro amarelo e está fora do próximo jogo. Claudinho – A figura mais lúcida do setor ofensivo, responsável pela criaçao de jogadas e uma visão de jogo impressionante no gol de Alerrandro. Erroneamente substituído. Artur – Depois de recebeu o prêmio de melhor jogador do Paulistão não jogou mais nada. Erra muitos passes e os dribles insinuantes sumiram. Alerrandro – É o goleador e desta vez não foi ajudado pelos companheiros. Morato – O técnico Felipe Conceição está com problemas de visão. Morato não joga nada há bastante tempo. Todas as bolas que recebe pela esquerda, ao invés de avançar, recua, volta o jogo ao meio-campo. Erra passes em demasia. Na única chance que teve, demorou e permitiu que o goleiro adversário recuperasse a bola.
Felipe Conceição – Treinador limitado, não tem alternativas para mudar uma partida e particularmente contra o Coritiba, esgotou seu estoque de bobagens. As substituições feitas foram grotescas e o time conseguiu piorar com essas mudanças. Ou sai dessa situação ou o caminho é saírem com ele. É visível que tem problemas de relacionamento com alguns jogadores, o que parece, neste momento, algo incontornável.
BRAGANTINO 1 x 2 CORITIBA
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP0
Data: 23 de agosto de 2020, domingo, 16 horas
Árbitro: Gilberto Rodrigues Castro Júnior – Assistentes: Eduardo Gonçalves da Cruz (MS) e Clovis Amaral da Silva (PE)
Público e Renda: Portões fechados
Cartões amarelos: Matheus Jesus e Luis Phelipe (Bragantino) e
Cartão vermelho: Fabrício Bruno (Bragantino)
Gols: Alerrandro aos 44’ (Bragantino) e Sabino aos 48’ e Robson aos 52’ (Coritiba)
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Léo Ortiz, Fabrício Bruno e Edimar (Weverson); Ricardo Ryller, Matheus Jesus (Luis Phelipe) e Claudinho (Robinho); Artur, Alerrando (Lucas Evangelista) e Morato (Ligger). Técnico: Felipe Conceição.
CORITIBA: Wilson; Patrick Vieira (Jonathan), Rhodolfo, Sabino e William Matheus; Matheus Bueno, Matheus Galdezani (Rodolfo Filemon) e Matheus Bueno (Luiz Henrique); Robson (Wellissol), Sassá (Igor Jesus) e Neílton.
Técnico: Mozart (Interino).