Nesta quarta-feira (5), o prefeito Edmir Chedid de Bragança Paulista, por meio das Secretarias de Serviços, Meio Ambiente e Cultura e Turismo, promoveu reunião no Palácio Santo Agostinho, com representantes de cidades da região e órgãos estaduais para debater os impactos das recentes intervenções da Sabesp nas áreas de turismo náutico e em condomínios localizados no entorno das represas.
O encontro abordou as medidas adotadas pela concessionária em marinas e áreas residenciais, que têm gerado preocupação entre empresários e gestores públicos devido aos reflexos econômicos, turísticos e imobiliários. Entre as ações mais recentes está uma realizada em condomínio às margens da Represa Jaguari no município de Piracaia. Os participantes da reunião defenderam a necessidade de conciliar a preservação dos recursos hídricos com o direito ao lazer, ao turismo e às atividades que impulsionam a economia regional, o que já vem ocorrendo desde os primórdios da represa no final da década de 1970
SABESP SE CALA – O gerente de Relações Institucional da Sabesp, Josivan Moreno, tergiversou por alguns minutos para justificar no final, que no momento não tinha a resposta da empresa e que isso se daria por meio do departamento competente da empresa.
APRECESP – O prefeito de Bragança Paulista Edmir Chedid, que também preside a Associação das Prefeituras das Cidades Estância do Estado de São Paulo (APRECESP), destacou a importância de uma articulação regional e de um diálogo permanente com a Sabesp. Segundo ele, o momento requer alinhamento entre municípios, empreendedores e o Estado para garantir segurança jurídica e desenvolvimento sustentável.
“Foi uma reunião ampla e muito produtiva, com a participação de diversos prefeitos, vereadores, secretários municipais, representantes de marinas e entidades do setor náutico”, afirmou o prefeito. “As intervenções recentes da Sabesp, especialmente a remoção de píeres, têm gerado grande apreensão entre empresários e trabalhadores do turismo náutico. Solicitamos esclarecimentos à concessionária e reforçamos que é fundamental preservar a qualidade da água e combater ocupações irregulares, mas sem prejudicar quem atua de forma legal e responsável. Vamos levar o tema às próximas reuniões da APRECESP, inclusive ao encontro de dezembro, que reunirá representantes de 78 cidades, para buscarmos soluções conjuntas para todo o Estado”, completou.
A vice-prefeita Gislene Bueno ressaltou a relevância da mobilização regional proporcionada pela reunião.
“Conseguimos reunir os municípios afetados e dialogar diretamente com a Sabesp, o que é fundamental para avançarmos com transparência e objetividade”, destacou. “Solicitamos um prazo formal para que a concessionária apresente respostas às dúvidas de Bragança e das demais cidades, sempre alinhando a proteção ambiental ao fortalecimento do turismo náutico, que é uma atividade essencial para o desenvolvimento regional.”
Participaram do encontro o gerente de Relações Institucionais da Sabesp, Josivan Moreno, prefeito Leodecio Alves de Lima (Vargem); os representantes de Piracaia, Diego Mangolim Acedo e André Rogério; o secretário de Governo Giovane Caffuri, representando o prefeito de Joanópolis; Fernando C. Brilha, representando o prefeito de Mairiporã; e o secretário de Governo de Nazaré Paulista, Murilo Pinheiro, representando a prefeita Professora Guinha; representantes do Fórum Náutico Paulista, por meio do ex-deputado Marcos Antônio Castello Branco; da Marina Estância Confiança, representada por Sidney Trindade; além de associações, condomínios e o engenheiro Guilherme Fiorellini, gerente regional do Crea-SP, Vanessa Nogueira, assessora da secretaria Estadual de Turismo, vereadores secretários municipais e o jornalista Paulo Alberti Filho, diretor da Gazeta Bragantina.
