Tempestade de areia, onda de calor, queimadas e chuvas atípicas são exemplos de eventos climáticos severos que estão cada vez mais comuns. Isso exige ações integradas que podem ajudar a minimizar o impacto dessas situações e, por isso, a Energisa Sul-Sudeste e a Defesa Civil realizaram, nesta sexta-feira (27), em Bragança Paulista, a primeira edição do “Seminário regional de atuação preventiva em eventos climáticos severos”, reforçando a importância da colaboração para enfrentar esses desafios.
Além da Defesa Civil e Energisa, o encontro contou com a participação da climatologista e consultora do clima Drª Ana Paula Paes e de representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Milita, Polícia Civil e prefeituras da região de Bragança Paulista e sul de Minas Gerais.
O evento iniciou com uma apresentação da previsão climática para os próximos meses na região. De acordo com a Drª Ana Paula Paes, a tendência climática indica que a chuva deve ficar acima da média nos meses de outubro e novembro. “Já no mês de dezembro a tendência é de chuvas em torno da média climatológica. Em relação as temperaturas, outubro ainda deve registrar valores da ordem de 1°C acima da média e o final de 2024 deve apresentar temperaturas próximo da média”.
Mário da Silva, responsável pela Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Bragança Paulista, destacou a importância do evento. “A nossa maior prioridade é o cuidado com as pessoas, e essa integração com outros órgãos aumenta, e muito, nosso poder de resposta em situações adversas e que oferecem riscos as pessoas”.
A primeira edição do evento tem boas expectativas. “Por muitas vezes, como trabalhamos na emergência, nos deparamos com situações que podem dificultar uma resposta rápida por parte de outros órgãos. Porém, onde existe uma integração, o olhar de quem está na ponta da linha sempre será um olhar mais direcionado a uma ação emergencial e a maior agilidade na resposta”, diz Silva.
Na oportunidade, a Energisa Sul-Sudeste explanou seu Plano de Contingência para eventos extremos. Entre as ações preventivas intensificadas estão as manutenções com inspeções e trocas de cabos, postes e equipamentos, além de podas de árvores que oferecem algum risco à rede elétrica.
“Em épocas de chuvas temos fortes ventos que acabam prejudicando a rede elétrica com queda de árvores sobre a fiação. Já no tempo seco temos enfrentado os incêndios, principalmente em áreas de pastagem e canaviais, que acabam afetando linhas de transmissão. Enfim, uma série de situações climáticas que nós que precisamos estar bem-preparados”, diz Luiz Moreto, gerente de Planejamento da Energisa Sul-Sudeste.
Diante desses riscos, Luiz destaca a importância de todos ficarem atentos e diante de alguma situação de risco acionar o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. Se o risco estiver relacionado a rede elétrica acionar também a Energisa, que prontamente irá enviar uma de suas equipes altamente treinada e capacitada para lidar com este tipo de situação, enfatiza Tiago.