O duelo entre os técnicos portugueses Pedro Caixinha e Paulo Gomes, na partida entre Bragantino e Botafogo no sábado (27), no Estádio Nabi Abi Chedid, teve dois tempos distintos.
Nos primeiros 45 minutos, mesmo longe do futebol que pode mostrar, o Bragantino foi superior, teve o controle do jogo nas mãos, e mesmo concluindo pouco, foi mais ativo que o tricolor de Ribeirão Preto. A falta de pontaria dos atacantes do Massa Bruta é algo que precisa ser prioridade para o técnico, pois foram apenas 3 chutes certos a gol, de um total de 15, durante toda a partida.
E foi numa dessas três conclusões que surgiu o gol de Léo Ortiz, aos 45’+2’, em cobrança de escanteio de Helinho, que o capitão bragantino desviou de cabeça para as redes. Antes, um gol anulado de Helinho e uma conclusão na trave, de Juninho Capixaba. Ou seja, mesmo com 71% de posse de bola, muito pouco foi criado de forma efetiva. O Botafogo não existiu na etapa inicial.
Segundo tempo – Mas tudo mudou na volta do intervalo. O Botafogo trocou todo o seu ataque, avançou a marcação e passou a explorar mais o lado direito da defensiva do Massa Bruta, por onde criou as principais jogadas.
Com um lateral (Nathan Mendes) que não volta para marcar e o zagueiro Léo Realpe encarregado da cobertura, mas sem velocidade, o time de Ribeirão Preto deitou e rolou, principalmente a partir dos 20 minutos.
Para sorte do técnico Pedro Caixinha, que assistiu passivamente o ‘massacre’ do adversário pelo lado direito da zaga, o goleiro Cleinton esteve novamente em jornada inspirada e praticou pelo menos três grandes defesas, menos aquela que decretou o empate, aos 89’, em conclusão de Alex Sandro.
O Bragantino foi uma caricatura de time na etapa complementar, não concluiu uma vez sequer a gol e quando ficou em campo com um ataque formado por Nacho Laquintana, Thiago Borbas e Bruninho, o torcedor já sabia que nada poderia resultar de positivo.
Outra questão que precisa ser melhor avaliada pela comissão técnica é o esquema com três zagueiros. Só vai funcionar se os dois laterais se dispuserem a ajudar na marcação, o que não foi o caso. Sem isso, a zaga ficou vulnerável e, nessa partida em especial, deu sorte de não permitir a virada no resultado.
O placar acabou sendo justo pelo futebol que as duas equipes mostraram em 90 minutos.
Palmeiras – Na quarta-feira, novamente em Bragança, o Nabizão será palco do confronto entre Bragantino e Palmeiras, pela quarta rodada. O jogo está programado para às 19h30.
ATUAÇÕES
Cleiton: De novo o salvador da pátria. Com três grandes defesas impediu o triunfo do adversário. Nota 8,0.
Léo Realpe: Encarregado de realizar as coberturas de Nathan, falhou em todas, inclusive no lance do gol do adversário. Nota 4,0.
Léo Ortiz: Se virou como podia para segurar o ataque do Botafogo e de quebra foi o autor do gol da equipe. Nota 7,0.
Luan Cândido: Assim como Léo Realpe, não tem vigor físico para cobrir o setor esquerdo, com as subidas de Juninho Capixaba. E sair jogando da defesa, também não é o seu forte. Nota 5,5.
Nathan Mendes: Defensivamente não existiu. As ações ofensivas que tentou foram pouco efetivas. Partida muito ruim, que comprometeu todo o conjunto. Nota 4,0.
Matheus Fernandes: Segue longe do seu melhor futebol. No primeiro tempo ainda se movimentava com desenvoltura, mas caiu de produção. Nota 6,0.
Jadsom Silva: A surpresa do técnico ao anunciar a escalação. Futebol protocolar e sem inspiração. Nota 6,0.
Juninho Capixaba: Boa movimentação, principalmente no setor ofensivo e quase marca, mas a bola acabou caprichosamente se chocou com a trave. Saiu machucado e preocupa. Nota 6,5.
Helinho: O mais lúcido do setor ofensivo, embora tenha errado muitas conclusões, mas levou perigo e deu a assistência no gol de Ortiz. Nota 7,5.
Eduardo Sasha: Procurou dar alternativas aos companheiros, não deu sorte na sequência do lance em que a bola pegou na trave em chute de Capixaba e sofreu com a inconsistência do setor criativo. Nota 6,5.
Henry Mosquera: Recebe a bola, corre, freia e corta para dentro. Fez isso enquanto esteve em campo até sair contundido. Futebol pouco prático, não ajudou em nada. Nota 5,0.
Bruninho: Tremendo peladeiro. Produz pouco, embola as jogadas no meio-campo e não conseguiu concluir a gol. Nota 4,5.
Nacho Laquintana: Completamente perdido em campo, sem saber o que fazer. Nota 4,5.
Thiago Borbas: Durante todo o tempo em que esteve em campo, tocou apenas uma vez na bola. De resto uma figura decorativa. Nota 4,5.
Lucas Evangelista: Titular absoluto, entrou apenas no segundo tempo, com um time já desfigurado e sem força. Nota 5,0.
Guilherme Lopes: Se esforçou tanto defensiva quanto ofensivamente. Mas o restante do time não ajudou. Nota 5,0.
BRAGANTINO 1 x 1 BOTAFOGO
Campeonato Paulista Série A1 – 3ª Rodada
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista
Data: 27 de janeiro de 2023 (sábado, 17h15)
Árbitro: Thiago Luís Scarascati – Assistentes: Daniel Paulo Ziolli e Miguel Caetano Ribeiro da Costa – Árbitro de vídeo: Vinícius Furlan
Público: 3.239 pagantes – Renda: R$ 90.695,00
Cartões amarelos: Nathan Mendes (Bragantino) e Lucas Dias, Wallison, Leandro Maciel e Lucas Cardoso (Botafogo)
BRAGANTINO: Cleiton; Léo Realpe, Léo Ortiz e Luan Cândido; Nathan Mendes Matheus Fernandes (Lucas Evangelista), Jadsom Silva e Juninho Capixaba (Guilherme Lopes); Helinho (Nacho Laquintana), Eduardo Sasha (Thiago Borbas) e Henry Mosquera (Bruninho). Técnico: Pedro Caixinha.
BOTAFOGO: João Carlos; Lucas Dias (Douglas Baggio), Schappo e Fábio Sanches; Wallison, Matheus Barbosa (Carlos Manuel), Leandro Maciel e Jean Victor; Tiago Alves (Alex Sandro), Toró (Patrick Brey) e Emerson Ramon (Lucas Cardoso). Técnico: Paulo Gomes.