O Sistema Cantareira, maior produtor de água da região metropolitana de São Paulo, registrou neste domingo (19), o maior nível nos últimos onze anos, alcançando a marca de 80% em sua capacidade de armazenamento. A última vez que se alcançou tal nível foi em março de 2012. Há exatamente um ano, o Cantareira operava com 43% da capacidade.
As chuvas dos últimos meses melhoraram a situação de todos os mananciais que abastecem a região metropolitana de São Paulo, segundo consta no relatório que é divulgado diariamente pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Outros sistemas de São Paulo também estavam em nível de normalidade, acima de 73% de sua capacidade. A única exceção era o Sistema Rio Claro, que operava com apenas 43,2%, em nível de atenção. Somados todos os sistemas operados pela Sabesp, o nível dos mananciais atingiu 83,6% na manhã de ontem.
Níveis – A captação de água do Sistema Cantareira é condicionada ao nível de armazenamento de água do manancial observado no último dia de cada mês. Foram criadas cinco faixas, definidas por uma resolução conjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e do Departamento de Águas e Energia Elétrica, em 2017, que devem ser seguidas pela Sabesp.
Os cinco níveis criados pela resolução são: normal, quando é igual ou maior que 60%; atenção, se igual ou maior que 40% e menor que 60%; alerta, quando é maior que 30% e menor que 40%; restrição, se maior que 20% e menor que 30%; e especial, quando o volume acumulado está abaixo de 20%. Essas faixas orientam os limites de retirada de água do sistema.
Com o retorno da faixa de operação Normal, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) poderá captar até 33 metros cúbicos por segundo dos reservatórios do Sistema Cantareira, que é o limite máximo estabelecido.