A ronda policial nas unidades de ensino da rede pública estadual será ampliada em 20%. A informação foi dada pelo deputado estadual Edmir Chedid, que reivindicou a medida ao Governo para aumentar a segurança nas escolas. A medida passou a vigorar a partir de segunda-feira (1) em todo o Estado de São Paulo.
Na prática, a iniciativa vai garantir mais segurança para os professores e os mais de 35 mil estudantes da região bragantina, destes 11.984 apenas em Bragança Paulista.
De acordo com o parlamentar, o aumento se deve ao convênio firmado entre as secretarias de Estado de Educação (Seduc) e Segurança Pública (SSP) para a expansão do Programa Ronda Escolar, por meio da Diária Especial por Jornada de Trabalho Policial Militar (Dejem). Ao todo, foram ofertadas mais 268 vagas diárias para que os policiais atuem fora do horário de expediente.
“Cada profissional poderá trabalhar até oito horas por dia ao longo de 10 dias no mês totalizando 80 horas adicionais. Os policiais que receberão as diárias serão alocados de acordo com as estratégias da Secretaria de Estado da Educação nas escolas que são consideradas mais vulneráveis e que demandam, de maneira mais presente, a Ronda Escolar”, afirmou o deputado Edmir Chedid.
Na ocasião, o parlamentar lembrou que esta é a primeira vez que o Estado de São Paulo paga diárias para a ronda escolar, fazendo com que o efetivo seja ampliado e, consequentemente, a segurança das unidades de ensino. “Estamos bastante atentos às necessidades dos estudantes e também dos nossos profissionais que atuam nas escolas públicas”, completou o parlamentar.
As inscrições já estão abertas e o investimento no programa é de aproximadamente R$ 14 milhões por ano. O principal objetivo da medida é justamente ampliar a segurança dos estudantes, dos seus responsáveis, professores e funcionários em todo o Estado de São Paulo ao longo do período letivo. “Essa iniciativa será aplicada ainda mais a partir do próximo ano”, finalizou Chedid.
Ameaças – O anúncio do aumento da Ronda Escolar coincide com a polêmica situação causada por um adolescente na semana passada, cujo desfecho ocorreu ontem (1º).
Conforme registro policial feito na terça-feira (27/7), representantes da coordenação da escola Estadual Dom José Maurício da Rocha, foram informados através de alunos da escola, que um desconhecido passou a fazer comentários através de um perfil do Instagram denominado “fofoqueiros_braganca”, de que a escola seria vítima de massacre. Em alguns trechos o autor das mensagens dizia “dia 01 vai ser o dia que meu nome vai ser número 1 nas capas de jornal do Brasil, vai ser o dia que os brancos irão ser degolados vivos. Dia 01 vai ser o dia em que vou saber o que vem depois da morte”. Outros comentários continham “bullying”, “munições” e “suicídio”. De acordo com a PM, na semana passada eles rastrearam a conta pelo e-mail e telefone usado e identificaram o autor dos posts, de 15 anos, como um dos alunos. Eles acionaram a Polícia Civil, o Conselho Tutelar, a família do jovem e das vítimas ameaçadas.
O adolescente e sua mãe foram contatados pelo Conselho Tutelar e a PM. Segundo a polícia, o adolescente faz tratamento psiquiátrico e psicológico e que seu objetivo era o de assustar a comunidade com a Fake News do suposto possível massacre, o que se disseminou muito rápido nas redes sociais. A polícia informou que não há risco de ataque, já que o jovem tem sido monitorado e não tem acesso a armas.
Diante da situação, ontem a Polícia Civil esteve na Escola para tranquilizar alunos, professores e a comunidade sobre a falsa ameaça.
A Ronda Escolar deve trazer mais segurança à comunidade quanto a qualquer tipo de ameaça, como furtos e tráfico de drogas.