Com um futebol muito abaixo daquele apresentado diante do Atlético Goianiense, o Bragantino estreou pela Copa do Brasil na noite desta quarta-feira (20), e derrotou o Goiás, no Estádio da Serrinha, por 2 x 1.
O cansaço de alguns jogadores ficou evidente, mas também a forma de jogar defensivamente da equipe esmeraldina, com uma linha de 3 e outra de 4, e às vezes uma de 5 e outra de 4, que dificultou a construção de jogadas e a marcação alta do Bragantino. O time goiano deixou claro que jogava por uma bola e depois tentaria segurar o resultado.
O esquema funcionou e aos 8’, em jogada pela direita do ataque do Goiás, Apodi abriu o marcador, ao receber um passe de Felipe Bastos, ganhar na corrida de Natan e Luan Cândido e bater sem chances para Cleiton. O setor esquerdo da defensiva bragantina sofreu muito, pois a maioria das jogadas do time goiano foram por esse lado do campo.
O gol pouco alterou a forma como os dois times se comportavam, com maior posse de bola do time de Barbieri, porém sem nenhuma eficiência ofensiva. O empate veio aos 18’, quando Mateus Sales, que acabara de entrar, derrubou Luan Cândido na área e o árbitro assinalou pênalti, bem batido por Ytalo.
Etapa final – Nada mudou na volta do intervalo, além de algumas substituições. O futebol continuou lento, pouco criativo, bastante faltoso, e as ligações rápidas entre defesa e ataque passaram a ser feitas em maior número, com o Bragantino buscando Sorriso pela esquerda, e Goiás através de Apodi e Pedro Raul pela direita. Mas as finalizações foram ruins.
Aos 62’ o Bragantino, depois de muitas jogadas pelos lados do campo e vários escanteios, chegou à virada. Numa das cobranças, Helinho colocou na cabeça de Luan Cândido, que subiu sozinho e mandou às redes, desempatando em favor do Massa Bruta.
Depois disso o Goiás mudou completamente o esquema de jogo, foi mais criativo, mas insistia em finalizar pouco, assim como o Massa Bruta. Aos 81’ quase os goianos empatam, em jogada de Elvis, que levantou para o interior das área e Da Silva, sem marcação, cabeceou, mas a bola passou rente à trave e foi para a linha de fundo.
E foi só o que de mais importante aconteceu a partir de então. Resultado importante para o Bragantino, mas a lamentar três importantes baixas para a sequência do Brasileirão, com as contusões de Natan, Praxedes e Lucas Evangelista.
ATUAÇÕES
Cleiton: Duas boas defesas, sem culpa no gol e no mais não foi incomodado pelo time goiano. Nota 6,0.
Andrés Hurtado: Alterna bons e maus momentos, porém não comprometeu pelo seu setor. Nota 5,5.
Léo Ortiz: Não teve muito trabalho e tentou surpreender o adversário com ligações rápidas ao ataque. Nota 6,5.
Natan: Vai sonhar por muitos dias com Apodi. Falhou no gol e também em outros lances perigosos criados pelo Goiás. Nota 5,0.
Luan Cândido: Defensivamente deixou muito a desejar. Também falhou no primeiro gol esmeraldino. A seu favor, o gol da vitória. Nota 6,0.
Eric Ramires: Tentou ajudar na marcação e até foi bem. Na criação de jogadas não conseguiu produzir o que se esperava. Nota 6,0.
Lucas Evangelista: Deu mais movimentação ao meio-campo, porém a criatividade não foi o forte do time. Nota 6,0.
Praxedes: Desta vez não conseguiu espaço para criar, pois sofreu com a forte marcação exercida pelos defensores goianos. Nota 5,5.
Helinho: A rigor, um chute perigoso e o escanteio que cobrou na jogada do segundo gol. Errou todos os cruzamentos que fez. De resto, absolutamente nada. Nota 5,5.
Ytalo: É a referência ofensiva do time, mas sem a criação de jogadas não conseguiu muitas chances. Fez o primeiro gol. Nota 6,0.
Sorriso: Muito longe daquele ponta do jogo diante do Atlético Goianiense. Pouco incisivo, mais burocrático e excessivos cruzamentos errados. Nota 5,5.
Hyoran: Continua devendo. O futebol apresentado quando chegou ao clube, desapareceu. Nota 5,0.
Bruno Tubarão: Buscou ser mais ofensivo, porém não fez muito mais que seus companheiros. Nota 5,5.
Jadsom Silva: Se postou mais defensivamente e isso ajudou o time a tentar o caminho do gol pelas laterais. Nota 6,0.
Renan: Entrou no lugar do contundido Natan e não comprometeu. Nota 5,5.
Barbieri: Fez o que foi possível com um time visivelmente cansado. E vai lamentar as contusões de três importantes peças do time. Nota 6,5.
GOIÁS 1 x 2 BRAGANTINO
Copa do Brasil – 3ª Fase – Jogo de ida
Local: Estádio Hailé Pinheiro (Serrinha), Goiânia (GO)
Data: 20 de abril de 2022 (quarta-feira, 19 horas)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS) – Assistentes: Rafael da Silva Alves (Fifa-RS) e Michael Stanislau (RS)
Público: 11.199 pagantes (12.562 total) – Renda: R$ 158.240,00
Cartão amarelo: Sorriso e Praxedes (Bragantino)
Gols: Apodi aos 8’ (Goiás) e Ytalo (p) aos 18’ e Luan Cândido aos 62’ (Bragantino)
GOIÁS: Tadeu; Da Silva, Sidnei (Elvis) e Reynaldo; Diego, Caio (Mateus Sales), Felipe Bastos e Danilo Barcelos; Apodi (Luan), Pedro Raul e Dadá Belmonte (Vinícius). Técnico: Jair Ventura Filho.
BRAGANTINO: Cleiton; Andrés Hurtado, Léo Ortiz, Natan (Renan) e Luan Cândido; Eric Ramires, Lucas Evangelista (Jadsom Silva) e Praxedes (Hyoran); Helinho, Ytalo e Sorriso (Bruno Tubarão). Técnico: Maurício Barbieri.