O PAC da Mobilidade Urbana, a princípio custeado por recursos do governo federal, com empréstimo junto à Caixa, no valor de R$ 21,2 milhões, mais contrapartida da prefeitura, prevê a transformação de uma das áreas mais tradicionais de Bragança, que é a da rodoviária velha e o mercadão municipal.
Para liberação dos recursos é necessário que a Câmara Municipal aprove na próxima semana o projeto para contratação do empréstimo.
Como é um projeto de impacto social, econômico e estrutural de alta relevância, alguns vereadores, principalmente aqueles paraquedistas que não conhecem a história e muito menos a geografia do centro e, talvez nem da cidade, estão titubeando em votar ou já se declararam contra nos bastidores.
Também já se detecta movimentos da oposição contrários ao PAC e ao empréstimo, que tem por objetivo promover a readequação do ribeirão que corta a rodoviária velha de forma que seja afastada a hipótese de enchentes; a construção de um prédio de cinco andares, que abrigará os lojistas que habitam o interior da rodoviária velha e o seu entorno; nos andares superiores será adequada garagem vertical com cerca de 600 vagas. Um edifício garagem é a solução para amenizar bastante o fluxo de veículos e o estacionamento tão necessários para a sobrevivência do centro comercial da cidade.
A Câmara tem fundamental importância para que Bragança saia desse atraso em termos de mobilidade urbana, que arrasta a cidade para o caos cada dia mais iminente.
A oposição política, tão necessária ao verdadeiro regime Democrático, não pode ser exercida de forma cega e com o fígado, para prejudicar a cidade e consequentemente a população.
Se o PAC da Mobilidade foi aprovado pelo governo federal e destinou recursos milionários para sua execução, é porque já obteve o aval devido a importância e necessidade da obra. Entendo que nesse caso, a Câmara precisa priorizar a cidade e não convicções políticas, partidárias ou até mesmo pessoais, que por ventura alguns de seus membros nutram contra o prefeito.
Os vereadores são peças importantes nesse tabuleiro. Tanto para aprovar o projeto que autoriza a Prefeitura contrair o empréstimo, como para fiscalizar a aplicação dos recursos e o andamento das obras. O mérito será de todos, da situação, da oposição e principalmente da população que receberá os frutos desse empreendimento.
Porém, o prefeito Edmir Chedid já declarou que vai fazer a obra com ou sem recursos do PAC. Se for com recursos do PAC a previsão é iniciar em setembro de 2026, devido ao trâmite burocrático imposto pelo sistema e pela Caixa até a liberação dos recursos.
Se a Câmara não aprovar o empréstimo, a Prefeitura executará a obra com recursos próprios, com início previsto em janeiro de 2026 e entregue até o final do ano.
A oposição tem uma excelente oportunidade de mostrar para a população, na sessão de terça-feira,16, que também está atenta às grandes causas do município e disposta a contribuir de forma responsável para a modernização da cidade e valorização do comércio. Caso contrário, ficará consumado que a oposição ao governo Edmir Chedid é predatória e vota contra os interesses e necessidades legítimos de Bragança e da população.