Forças não tão estranhas assim, podem estar envolvidas num provável esquema que objetiva impedir, politicamente, que o governo de São Paulo acelere os procedimentos que lhe compete para implantar o hospital Regional em Bragança Paulista.
O fato ocorreu durante reunião com participação on-line do prefeito Edmir Chedid, no início da semana, com a secretária adjunta da Secretaria da Saúde do Estado, Dra. Priscilla Perdicaris, escancarou a todos a displicência ou ignorância mesmo, sobre o compromisso do governador Tarcísio de Freitas, assumido com o prefeito Edmir Chedid, com a Região Bragantina e Circuito das Águas, em implantar o Hospital Regional que vem sendo pleiteado há mais de 30 anos.
A reunião tratava obviamente sobre as questões do atendimento à Saúde e transcorria dentro da normalidade rotineira desse tipo de conversação, até que o prefeito Edmir perguntou à Dra. Priscilla Perdicaris sobre o andamento das providências que o governo estaria tomando para acelerar a implantação do hospital regional. Qual foi o espanto geral quando a representante do governador demonstrou não saber nada sobre esse assunto. Como assim? Perguntaria qualquer leigo para a Doutora. Estupefato e indignado com a resposta, o prefeito Edmir Chedid sacou do celular, ligou para o gover[1]nador Tarcísio que atendeu. Colocado no Viva Voz na reunião foi questionado sobre o fato.
O governador reafirmou o compromisso, cujo andamento já estava sendo providenciado e que ao retornar da missão que estava imbuído naquele momento, trataria do assunto com a Secretaria da Saúde. Pois bem, esse fato, ou seja, de o primeiro es[1]calão da Saúde do Estado “fingir” que não sabia do compromisso do governador com tão impor[1]tante hospital, quer sob o ponto de vista político ou humanitário, é o fim da picada. Daí a suspeita de existir na periferia ou entorno da Secretaria da Saúde e até do Palácio dos Bandeirantes, interes[1]ses outros que não incluem o atendimento à saúde para o universo de quase um milhão de pessoas que vivem na região.
O prefeito Edmir Chedid, que foi deputado estadual de 1994 até 2024, vem pleiteando esse hospital desde o primeiro manda[1]to e agora, como chefe do Executivo bragantino, continua sua batalha. O que nós aqui, no andar de baixo dos simples mortais, podemos avaliar? A quem interessaria obstar que a Prefeitura de Bragança conquiste esse equipamento de Saúde tão necessário para a população regional? Aliás, a Prefeitura já tem tudo planejado para ceder suporte e o prédio para instalação dos equipamentos que seriam custeados pelo Estado, segundo relatos divulgados pelo Executivo.
Vamos analisar os dois hospitais referência em Bragança: Primeiro, a Santa Casa – mantida pela Irmandade Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos – às duras penas e com auxílio de verbas da Prefeitura, do Estado, da União e doações, vem se virando nos trinta ao longo dos anos para aumentar o número de leitos e aprimorar o atendimento à população. Atualmente conta com 148 leitos. Esta semana surgiu a informação que mais um setor da Santa Casa será transferido para outro prédio e dar lugar a mais lei[1]tos. A instituição, apesar das dificuldades, continua se espremendo e criando meios para minimizar o déficit de internações de pacientes. Segundo, temos o HUSF – Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – mantido desde 2012 pela Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, que tem 226 leitos completados em 2013 com a construção de 20 lei[1]tos destinados a tratamento de dependentes quími[1]cos, conforme informações do site da instituição. Portanto, há 12 anos que o HUSF não constrói um leito. Investe em equipamentos e outros recursos para atender o Hospital escola e a população. Nos bastidores já se percebe a disputa velada de interesses. A Santa Casa, que está se expandindo corajosamente e assumindo a administração das UPAS, também deve estar de olho na gestão do Hospital Regional. Por outro lado, se ao HUSF não interessar a gestão, certamente interessa que o governo retarde ao máximo a efetivação do nosocômio regional ou até mesmo abandone a promessa, fato que não é de se acreditar porque envolveria o caráter e a palavra do governador. Se o governador Tarcísio não honrar seu compromisso com o prefeito e com Bragança, ceder a pressões de quem quer que seja por questões menores que a sua palavra e da Saúde da população, corre o risco de pagar um preço muito alto em 2026. Por cautela, recomenda-se a quem colocou o gato na tuba da Saúde, retirá-la rapidinho!
*Gato na Tuba-“Tem gato na tuba” significa uma situa[1]ção inesperada, confusa ou que esconde algo mais do que aparenta.
