Interditada desde 28 de dezembro de 2023, a ponte da rua Peru que faz ligação com a Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro do Matadouro, ainda não teve sua obra concluída.
O local foi interditado após ser detectado problema estrutural em painel de sustentação, causando risco iminente. Segundo informações da Secretaria Municipal de Obras e da Defesa Civil, a ponte é formada por 12 painéis de sustentação pré-moldados de concreto e um dos painéis sofreu danos em sua estrutura de apoio, formando um degrau na pista, o que ocasionou o laudo de interdição. Desde então, até fevereiro deste ano, motoristas e pedestres estavam impedidos de utilizar o local, sendo obrigados a utilizar rotas alternativas, o que congestionou o trânsito nas adjacências.23m 9 de fevereiro deste ano, o local foi parcialmente liberado, apenas, para o trafego de veículos leves no sentido Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira para Av. dos Imigrantes. Na época a Secretária Municipal de Obras, Jéssica de Oliveira, declarou que além dos engenheiros da Prefeitura outras três empresas avaliaram o local. Na mesma ocasião Jessica declarou que “o processo para contratação da empresa que realizará as correções está em andamento, a ponte como um todo continuará sendo monitorada. Caso haja identificação de movimentação, poderá ser fechada novamente integralmente”.
O processo licitatório se deu no início de agosto, quando a empresa Fortiz Engenharia Ltda. venceu o certame ao oferecer a melhor proposta para a realização da obra que foi de R$ 709.950,00, conforme consta no contrato, assinado no dia 23 de agosto. Segundo o contrato, a Fortiz tem que cumprir o prazo apresentado no cronograma físico-financeiro, que é de três meses a partir da ordem de serviço dada em 30 de agosto.
Em outubro deste ano o local voltou a ser totalmente interditado, após ser identificado, durante as obras, que estava ocorrendo um movimento gradativo das placas de concreto que formam o tabuleiro da ponte. Esse transporte, chamado de recalque, se não estabilizado, pode danificar o leito carroçável, provocar a ruptura da estrutura, representar sérios riscos à segurança da população e prejudicar o tráfego intenso de veículos, incluindo carros, ônibus e caminhões.
A decisão de interdição foi tomada com base em um laudo técnico realizado em conjunto com a Defesa Civil, que recomendou a remoção total da laje existente para a instalação de novas vigas e tabuleiros.
Nesta semana, a prefeitura publicou a notificação de penalidade à empresa que tem o prazo de 15 dias corridos (contados a partir de 18 de novembro), para apresentar sua defesa. Segundo a publicação a empresa “não entregou os serviços objeto desta contratação, pelo que esta Comissão nos termos do que determina o ordenamento legal vigente, serve-se da presente para notificar a mesma” .
No caso da empresa não se manifestar será penalizada com a rescisão contratual unilateral, sofrerá suspensão temporária de dois anos para participar de outros processos licitatórios e multada em R$ 25.160,36. A notificação ainda diz que “o não cumprimento do cronograma físico-financeiro em cada uma de suas etapas acarretará multa de 5,00% (cinco por cento) sobre o valor dos itens correspondentes, não sendo acumulativo e não excedendo 30,00% (trinta por cento), nos termos da Lei 14.133/2021 e edital”.