Por Ana Paula Alberti
O que se viu no país nos últimos dias, foi um cenário devastador. Não há quem não se comoveu com a trágica situação dos compatriotas do Rio Grande do Sul. Para mim, é desolador.
Nós, humanos, estamos transformando esse planeta em um lugar inabitável e cruel. As cenas ‘hollywoodianas’ do sul do Brasil são reais, e mostram o quanto a nossa indiferença pode nos matar das mais variadas formas: afogados, de hipotermia, de desidratação, na lama. É triste, e muito.
Na contramão do descaso climático, está a corrente de humanidade e solidariedade que boa parte dos brasileiros mostrou ter. São milhões de reais em doações, toneladas em mantimentos, itens básicos de higiene, produtos de limpeza, roupas e tantas outras coisas necessárias para viver, mas o mais importante e básico para a sobrevivência: ÁGUA.
A água, o mesmo elemento que devastou mais de 80% de um Estado, é fundamental para a sobrevivência de sua população, que hoje não a tem.
Como os responsáveis pela gerencia dos nossos recursos vão lidar com o meio ambiente daqui para frente? Como nós, como sociedade, vamos contribuir para que isso nunca mais se repita, nem aqui e nem em lugar nenhum? Acredito que essa é uma discussão imediata, porque daqui para frente a tendência é piorar e muito.
Às vésperas do dia das mães, penso como será esse domingo para as mães gaúchas, para as 80 crianças que estão no Conselho Tutelar em busca de familiares, e as famílias das 116 pessoas que perderam suas vidas e das outras 143 desaparecidas. Me dá um nó na garganta.
Daqui, do conforto de nossas casas, podemos orar, doar o que for possível, compartilhar informações sérias, de origem idônea, ou arregaçar as mangas e ir lá ajudar no que for necessário. E além disso tudo, podemos mudar, mudar a forma como cuidamos do nosso planeta, como olhamos o próximo, como podemos ser uma sociedade melhor. E esse é o meu desejo de dia das mães, deixar um mundo melhor para o meu filho.