O Bragantino que o torcedor viu em cmpo neste sábado (4), quando enfrentou o Flamengo no Nabizão, não tinha sido visto desde o início deste ano. Jogadores comprometidos, firmes na marcação, rápidos nas transições e com um maior número de conclusões a gol. Dois deles chamaram a atenção, pois não vinham jogando absolutamente nada: Luan Cândido e Henry Mosquera. Este último, por sinal, joga muito quando vê uniforme rubro-negro pela frente.
O primeiro tempo, embora o Flamengo tivesse um pouco mais de posse de bola, foi do Massa Bruta, que mostrou um meio-campo bem articulado, com Juninho Capixaba atuando de meia e voltando para ajudar na defesa, Mosquera rápido, insinuante, verdadeiro inferno para a zaga flamenguista, Sasha com ótima movimentação e Vitinho Kiev muito participativo. Lá atrás, uma zaga bem plantada e laterais que se revezaram no apoio ao ataque.
O gol, de cabeça do zagueiro Pedro Henrique, aos 29’, em cobrança de escanteio, premiou o melhor time em campo, que obrigou o Flamengo a usar dos lançamentos longos para tentar chegar à meta de Cleiton.
Etapa final – As duas equipes voltaram do intervalo com as mesmas formações, porém o Flamengo abdicou dos lançamentos longos por uma marcação mais alta e obrigou o Bragantino a alterar sua forma de jogar e o seu ímpeto ofensivo. Até então, isso não tinha sido suficiente para o rubro-negro chegar com perigo. Quando o técnico Pedro Caixinha resolveu trocar todo o meio-campo, aí o time de Bragança perdeu intensidade, pois dois dos substitutos, Lucas Evangelista e Lincoln, que voltaram recentemente de lesões, não mantiveram o ritmo ofensivo e a criatividade caiu muito, que ficou ainda pior quando outro lesionado, Helinho, entrou no posto de Mosquera.
O Flamengo cresceu com as substituições que fez e aí foi a vez do goleiro Cleiton aparecer, com pelo menos três grandes defesas, uma delas do tipo milagrosa. O time carioca passou a ter domínio pleno das ações, o Bragantino recuou demasiadamente e Cleiton nada pôde fazer no gol do empate, aos 33’, após lançamento longo para Bruno Henrique, que ganhou na corrida da zaga e tocou na saída do goleirão bragantino.
Até o apito final do árbitro, o Flamengo buscou o gol da vitória e reclamou de um pênalti que o atacante Luís Araújo teria sofrido. Na somatória geral, o empate acabou sendo justo, muito pelo que o Bragantino não fez no segundo tempo.
Chamou a atenção a péssima arbitragem de Paulo Zanovelli, que por pouco não acabou com o Massa Bruta, ainda no início da partida, quando expulsou Luan Cândido. O VAR interferiu e apontou uma falta anterior, cometida pelo jogador De la Cruz, que seguiu na jogada até ser derrubado por Cândido, que era o último homem da zaga bragantina.
Pelo Brasileirão o Braga volta a campo no próximo domingo (12), em Salvador, quando enfrenta o Bahia.
ATUAÇÕES
Cleiton: Outra grande atuação, que garantiu o resultado para o time. Uma das defesas foi ‘milagrosa’. Nota 8,0.
Nathan Mendes: Foi mais produtivo defensivamente e formou uma ala direita com Mosquera, que enlouqueceu o Flamengo. Nota 7,0.
Pedro Henrique: Seguro, participativo e autor do gol, o primeiro pelo time. Nota 7,5.
Eduardo Santos: Muito atento, arriscou jogadas ofensivas, porém errou muitos passes na etapa final. Nota 6,5.
Luan Cândido: Irreconhecível! Correu, fez coberturas, cobrou faltas, diferente do jogador sonolento de outras partidas. Quase comprometeu o time na jogada que o VAR interferiu. Nota 7,0.
Eric Ramires: Mais recuado, foi eficiente na marcação e ainda arriscou chutes a gol. Nota 7,5.
Gustavinho: Procurou se movimentar por todo setor ofensivo e ajudou na criação de jogadas. Nota 7,5.
Juninho Capixaba: Como meia foi incansável, atacando e ajudando na marcação. Boa apresentação. Nota 7,5
Mosquera: Renasce quando enfrenta o Flamengo. Desnorteou a zaga adversária e jogou mais coletivamente. Nota 8,0.
Eduardo Sasha: Boa movimentação, criou espaços para os companheiros e concluiu a gol em três oportunidades. Nota 7,0.
Vitinho Kiev: Desta vez procurou ajudar mais na criação ofensiva e voltou para ajudar na marcação. Nota 7,0.
Substitutos: Os cinco que entraram, Jadsom Silva, Helinho, Lucas Evangelista, Lincoln e Thiago Borbas fizeram com que o time caísse de produção. Sem nota.
Pedro Caixinha: Escalou de forma acertada a equipe, acertou mais ainda quando manteve a formação na volta do intervalo, porém não se esquivou do erro, ao trocar todo o meio-campo, com jogadores ainda longe de suas formas ideais. Nota 6,5.
BRAGANTINO 1 x 1 FLAMENGO
Campeonato Brasileiro Série A – 5ª RODAD
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP
Data: 4 de maio de 2024 (sábado, 18h30)
Árbitro: Paulo Cesar Zanovelli da Silva (MG-Fifa) – Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG-Fifa) e Celso Luiz da Silva (MG)- Árbitro de vídeo: Daniel Nobre Bins (RS-Fifa)
Público: 9.971 pagantes – Renda: R$ 538.490,00
Cartões amarelos: Nathan Mendes e Thiago Borbas (Bragantino) e Allan e Igor Jesus (Flamengo)
Gols: Pedro Henrique aos 29’ (Bragantino) e Bruno Henrique 78’ (Flamengo)
BRAGANTINO: Cleiton; Nathan Mendes, Pedro Henrique, Eduardo Santos e Luan Cândido; Eric Ramires (Jadsom Silva), Gustavinho (Lincoln e Juninho Capixaba (Lucas Evangelista); Mosquera (Helinho), Eduardo Sasha (Thiago Borbas) e Vitinho Kiev. Técnico: Pedro Caixinha.
FLAMENGO: Rossi; Wesley; Léo Ortiz, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Allan (Lorran), Igor Jesus (Luís Araújo), Gerson e De la Cruz; Bruno Henrique e Pedro. Técnico: Tite.