Um casal foi preso em ação da Delegacia de Investigações Gerais – DIG, deflagrada na manhã de quinta-feira (2), acusados de vender leites em pó, com alto custo, destinados ao Sistema Único de Saúde – SUS, para distribuição a crianças que necessitam. O casal, já foi preso em 2022 pelo mesmo delito e na ocasião dezenas de latas da fórmula foram apreendidas. Eles foram soltos pouco tempo depois e voltaram a vida criminosa, conforme apurado junto a uma testemunha. A área de atuação dos golpistas era o Vale do Paraíba, tanto que as 27 latas apreendidas estavam destinadas a Santa Casa de Misericórdia de São José dos Campos.
A equipe de investigadores da DIG, sob o comando do delegado Dr. Henrique de Paula Rodrigues, apurava informações sobre o delito e após intenso trabalho de inteligência e campo, conseguiram subsídios suficientes para que a 1ª Vara Criminal, expedisse mandado de busca para a casa do casal, velho conhecido nos meios policiais pela prática de venda de produtos proibidos.
Em cumprimento a ordem judicial, os tiram foram a residência, onde localizaram o casal, identificado como J. R. L., de 35 anos e sua companheira de vida e crimes, J. R. B. L., de 32 anos. Em vistoria na casa, foram encontradas duas caixas de papelão contendo diversas latas de Leite Pregomin PEPTI e Neocate LCP. Na caixa os tiras viram rótulos de que o material tinha como destinatário a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia na cidade de São José dos Campos, confirmando a suspeita dos tiras de que os leites eram desviados dos necessitados e estavam na residência dos indiciados para serem comercializados ilegalmente. Por ter um alto custo, que pode ultrapassar os R$ 300, o SUS, disponibiliza a fórmula para crianças que necessitam, sendo que a comercialização é proibida. Aliás, por conta disso, a lata contém inscrições de que a venda é proibida.
Também foram encontrados no local “cartões de agradecimento” pela compra do leite, que o casal mandava aos compradores, além de um cartão para retirada de remédios de alto custo expedido pela Secretaria Municipal de Saúde em nome de pessoa desconhecida pelo casal. Também foram apreendidos computadores e um celular.
Ao serem questionados sobre os ilícitos, o casal de estelionatários, tentou se fazer de vítima e alegou que ganhavam os leites de doação e que os revendiam pela quantia de R$55,00, porém, os leites que não são destinados aos órgãos públicos são vendidos oficialmente por valores médios de R$ 175, em pesquisas a GB encontrou latas em sites de vendas online com valores de R$ 326,00, e superior.
Durante as investigações os tiras descobriram ainda que o casal retirava e entregava as caixas em locais no Vale do Paraíba e cidades próximas, além do envio de materiais pelo correio.
O casal foi levado a sede da DIG, onde o delegado Dr. Henrique de Paula Rodrigues os autuou em flagrante por estelionato, os encaminhando para a Cadeia Pública de Piracaia, onde serão apresentados em audiência de custódia.