A derrota na noite de quarta-feira (6) no Rio de Janeiro, para o Botafogo, não refletiu o que se viu em campo durante os 90 minutos. O resultado mais justo teria sido o empate, neste que foi o jogo de ida da última fase da pré-Libertadores.
A zaga do time de Bragança abusou do direito de errar e os dois gols de Júnior Santos envolveram Luan Cândido (atuação muito irregular) e Lucas Cunha. De resto a partida foi bastante equilibrada, com poucas chances reais de gol de ambos os lados. Os dois goleiros praticamente não trabalharam.
Na etapa inicial as duas equipes erraram muitos passes, praticamente abdicaram da construção de jogadas e deram preferência aos lançamentos longos. O primeiro gol nasceu apenas aos 44’, quando Júnior Santos ganhou na corrida de Luan Cândido, pela direita, deu um drible desconcertante, ainda se livrou de Lucas Cunha e mandou para as redes. Só que dois minutos depois, em cobrança de falta de Helinho, a bola encontrou Juninho Capixaba na pequena área, que desviou de cabeça para empatar.
Segundo tempo – O panorama da partida pouco se modificou na etapa final, porém o técnico Pedro Caixinha demorou para efetuar as substituições, o que de certo modo facilitou a tarefa do setor defensivo do alvinegro carioca. Helinho e Sasha estavam exaustos, pouco produziam e Eric Ramires e Lincoln estavam com um futebol muito aquém do esperado.
O Botafogo, por seu turno, também pouco produziu e vivia dos lançamentos longos para as investidas de Júnior Santos, já que o criador do time, Eduardo, sofreu forte e eficiente marcação de Jadsom Silva. E foi num desses lançamentos que Júnior fez o segundo gol, novamente envolvendo a dupla de zaga do Massa Bruta.
Nas estatísticas, foram 15 chutes, porém apenas 8 em direção ao gol (3 do Braga). Os bragantinos ainda tiveram maior posse de bola (54%) e melhor precisão nos passes.
O jogo de volta acontece na próxima quarta-feira (13), no Estádio Nabi Abi Chedid, e o Braga precisa de dois gols de diferença para conquistar uma vaga na fase de grupos da Libertadores. Se vencer por apenas um gol, leva a decisão para os pênaltis. Qualquer outro resultado classifica o Botafogo.
ATUAÇÕES
Cleiton: Pouco exigido ao longo dos 90 minutos, sem culpa nos gols. Nota 6,5.
Nathan Mendes: Desta vez guardou posição defensiva e nada permitiu pelo seu setor. Nota 7,0.
Lucas Cunha: Futebol protocolar, mas no primeiro gol botafoguense falhou junto com seu companheiro de zaga. Nota 5,5.
Luan Cândido: É lento para marcar ‘homem a homem’ e ainda mais lento na cobertura de Capixaba. Falhou na marcação a Júnior Santos durante toda a partida e nos gols do adversário. Nota 4,5.
Juninho Capixaba: Autor do gol, ajudou na criação de jogadas, mas precisa de cobertura quando avança. Nota 7,5.
Jadsom Silva: Uma partida quase perfeita. Ocupou bem os espaços, nada permitiu a Eduardo, a cabeça pensante do Botafogo, e ainda buscou apoiar ofensivamente. Nota 8,0.
Eric Ramires: Desempenho muito abaixo do que pode produzir, lento na marcação e disperso no ataque. Nota 6,0.
Lincoln: Sua apresentação mais apagada, desatento, pouco criativo e não ajudou os companheiros de meio-campo. Nota 6,0.
Helinho: Uma assistência perfeita no gol de Capixaba, mas insistiu muito em concluir a gol, sem direção em todas as vezes. Nota 6,5.
Eduardo Sasha: Corre muito, se desloca por todos os setores, volta para ajudar na marcação, mas joga sozinho. Nota 7,0.
Thiago Borbas: O mesmo repertório de sempre: lento nas deslocações, não ajuda na marcação e concluiu muito pouco a gol. Nota 5,5.
Substitutos: Gustavinho, Bruninho, Nacho e Thalisson pouco produziram. Vitinho Kiev deveria ter entrado logo no intervalo. Foi o mais lúcido e perigoso dos que entraram no decorrer da partida.
Pedro Caixinha: Tem uma tarefa que demanda urgência: encontrar um esquema para o setor esquerdo da defesa e torcer para a volta de Matheus Fernandes e Lucas Evangelista. Mexeu tarde na equipe. Nota 6,0.
BOTAFOGO 2 x 1 BRAGANTINO
Copa Pré-Libertadores – 3ª fase – Jogo de ida
Local: Estádio Nilton Santos, Rio de Janeiro (Brasil)
Data: 6 de março de 2024 (quarta-feira, 21h30)
Árbitro: Gustavo Tejera (URU) – Assistentes: Nicolás Taran (URU) e Martin Soppi (URU) – Árbitro de vídeo: Leodan González (URU)
Público: 33.433 pagantes – Renda: R$ 1.123.102,75
Cartões amarelos: Lucas Halter (Botafogo) e Eduardo Sasha (Bragantino)
Gols: Júnior Santos aos 44’ e aos 72’ (Botafogo) e Juninho Capixaba aos 45’+1’ (Bragantino)
BOTAFOGO: Gatito Fernández, Damián Suárez, Lucas Halter, Barboza e Hugo (Marçal); Gregore (Danilo Barbosa), Tchê Tchê (Marlon Freitas) e Eduardo (Janderson); Savarino, Tiquinho Soares (Kauê) e Júnior Santos. Técnico: Fábio Mathias (interino).
BRAGANTINO: Cleiton; Nathan Mendes, Lucas Cunha, Luan Cândido e Juninho Capixaba; Jadsom Silva, Eric Ramires (Gustavinho) e Lincoln (Thalisson); Helinho (Nacho Laquintana), Eduardo Sasha (Bruninho) e Thiago Borbas (Vitinho Kiev). Técnico: Pedro Caixinha.