Nesta segunda-feira, 8 de janeiro, o Bragantino comemora 96 anos de sua fundação, oriunda de uma cisão com o Bragança Futebol Clube. A data comemorada também foi a da posse da primeira diretoria, presidida por José de Assis Gonçalves Júnior. Ao longo dos anos, o Bragança desapareceu e o então alvinegro seguiu sua trajetória e caminha célere para comemorar o centenário de existência.
Nos anos que se seguiram a equipe disputava competições amadoras e fez um amistoso pré-profissional em 1933 contra o Palmeiras, que marcou a inauguração do Estádio das Pedras, que em 1938 recebeu o nome de Estádio Marcelo Stefani, homenagem a um de seus presidentes. Foi nesse ano que o Braga participou do Campeonato Amador do Interior pela primeira vez, organizado pela Federação Paulista de Futebol.
O profissionalismo chegou ao time de Bragança em 1949, quando foi convidado a disputar o Paulista da Segunda Divisão, e experimentou a emoção de ser campeão em 1959, numa final eletrizante contra o Corinthians de Presidente Prudente. Foi nesse ano que assumiu como mandatário o vereador recém-eleito, Nabi Abi Chedid, que seria o maior presidente da sua história, com sucessivas reeleições até 1977. No ano de 1962, elegeu-se deputado estadual.
Década de 1960 – Com o desenvolvimento do profissionalismo na década de 1960, o Bragantino se tornou uma equipe competitiva e reconhecida País afora. Anos em que rivalizou com equipes que em todo aquele período seriam seus principais rivais: Ponte Preta, Paulista de Jundiaí, Portuguesa Santista e Nacional da capital.
Depois de bater na trave em 1964, perdendo o título por 2 pontos para a equipe da lusa praiana, o Bragantino finalmente conquistou seu primeiro título, da série A2, em dois jogos diante do Barretos, em 1965, uma vitória e um empate, num Pacaembu lotado de bragantinos e barretenses. Centenas de ônibus partiram de Bragança e o trem trouxe os torcedores adversários.
O já conhecido Massa Bruta não se deu bem logo no primeiro ano na principal divisão do Estado, sendo rebaixado. Ainda conseguiu formar equipes que brigaram pelos títulos de 1967 e 1968, mas toda a magia se desfez em 1969, quando o time não disputou a segundona, mas deu esperanças aos torcedores em 1970, caindo nas semifinais para o Noroeste de Bauru.
A partir daí formou equipes com jogadores amadores, com campanhas pífias até 1973, paralisando de vez as atividades entre 1974 e 1977.
Anos dourados – No final dos anos 1980 o time voltou a ser comandado pela família Chedid, o que lhe possibilitou voltar com protagonismo no futebol brasileiro. Foi campeão brasileiro da Série A2 do Paulista em 1988 e no ano seguinte, campeão brasileiro da Série B, que lhe valeu o ingresso na elite do futebol nacional.
Em 1990 conquistou o maior título da sua história, o campeonato paulista de 1990, na final contra o Novorizontino, e quase superou esse feito em 1991, ficando com o título de vice-campeão do Brasileiro, deixando o título escapar na final em Bragança, contra o São Paulo.
E novamente o time começou a decair até ser rebaixado em 1998. Seguiram-se anos difíceis, com rebaixamentos também no Paulista, um sobe-desce a partir de 2005 nas competições nacionais das séries B e C e do próprio campeonato doméstico.
O panorama começou a se modificar em 2017, quando conquistou o acesso para o Paulistão e em 2018 subiu da Série C para a Série B do Brasileiro, que seria disputada em 2019 já com o comando da Red Bull.
Desde então foram boas participações em todas as competições, como Paulista, Brasileiro, Copa do Brasil, Sul-Americano (foi vice-campeão) e Libertadores.
Neste 8 de janeiro de 2024, os jogadores se reapresentaram para iniciar os trabalhos da temporada. O Bragantino está em todas as competições.
O que não pode ser esquecido na comemoração dos 96 anos, é que 91 deles são do inesquecível Clube Atlético Bragantino, o Leão da Zona, o alvinegro das Pedras, o Massa Bruta.