O segundo domingo de agosto é reservado ao “Dia dos pais”. A data foi criada por comerciantes norte-americanos para aquecer as vendas de meio de ano e foi trazida para o Brasil por comunidades metodistas, firmando-se com a iniciativa de publicitários e associações de lojistas, tendo sido comemorada pela primeira vez em nosso país em 1953.
Sobre pais muito já foi dito, escrito, cantado e até retratado em novelas, séries e filmes. Como exemplo cito o seriado “Papai sabe tudo”, tendo como protagonista o ator Robert Young, que foi transmitido nas décadas de 1960, pela TV Tupi; 1970, pela Rede Globo; 1980, pela TV Cultura e 2010, pela Rede Brasil de Televisão. Também lembro dos filmes: Uma babá quase perfeita, com Robin Williams; Uma lição de amor, com Sean Penn; A vida é bela, com Roberto Benigni e Um Homem de Família, estrelado por Gerard Butler.
Ao comentar sobre pai não quero “chover no molhado”, mas numa época em muitos pais são meros reprodutores de crianças, precisamos reconsiderar o conceito de pai. Por isso, quero trazer uma palavra aos pais: considere o que a Bíblia diz.
Conforme nos ensina a Bíblia, cabe ao homem a liderança do lar, como marido e pai. No papel de pai o homem é responsável pelo estabelecimento dos limites e dos princípios que governam esse lar, incluindo aí os princípios religiosos.
Anos atrás havia uma propaganda que dizia: não basta ser pai tem que participar. Essa é uma verdade esquecida no relacionamento pai e filho em nossos dias. Muitos pais tem se mostrado mais preocupados com suas carreiras e em adquirir coisas, do que com os membros da família, em especial os filhos. Trazem o brinquedo de presente, mas não arranjam tempo para brincar com os filhos. Incentivam, e até forçam, os filhos a estudarem, mas não os ajudam em suas dificuldades escolares. Querem respeito, mas perdem esse respeito quando embriagados ou drogados se expõem ao ridículo. Dizem que é errado mentir, mas mandam dizer que não estão, quando não querem atender alguém.
O exemplo fala mais alto. Há pais que fumam, bebem, dizem palavrão, param o carro em fila dupla ou em local proibido (até mesmo em vaga de cadeirante), ultrapassam o sinal vermelho e o limite de velocidade, entram na contramão, etc., depois dizem não entender o comportamento de rebeldia e insubordinação de seus filhos.
Pai!… Pense no tipo de pai que você tem sido. Seu (sua) filho/a deseja um pai amigo e companheiro, aquele que o/a carrega nos braços ou nos ombros, ajuda nas lições de escola, brinca, ri, acaricia, senta-se no chão, joga bola ou um vídeo game, ouve, conversa, curte estar junto, seja em casa, num jogo de futebol ou um show. Seu (sua) filho/a deseja um pai sábio, que pensa antes de falar e só fala a verdade e cumpre suas promessas. Seu (sua) filho/a deseja sua presença trazendo segurança e otimismo.
Pesquisas informam que desde as primeiras horas de vida, a criança começa a adquirir hábitos e costumes que afetam toda a sua vida, negativa ou positivamente, por isso, você que é pai deve lembrar-se que “os filhos são herança do Senhor” – Salmos 127:3. Sendo assim, a responsabilidade de educar seus filhos é sua. Ore por seu (sua) filho/a e ore com ele/a e ensine a amar a Deus e a Sua Palavra.
Por fim, pai (marido) invista em seu casamento. Um casal que vive bem e solidamente diante de Deus transmite aos filhos segurança, confiança, amor e muito mais. O comprometimento dos pais consigo mesmo, com Deus, Sua Palavra e com a Igreja é a base sólida na educação de filhos.
Rogério Machado é jornalista e pastor da Igreja Batista Boas Novas – Cd. Planejada II. prrogeriomachado@yahoo.com.br