Entre os dias 25 de novembro do ano passado e 16/1 deste, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) divulgou o terceiro levantamento sobre o desabastecimento nas farmácias. Os resultados apontaram que 97,7% dos farmacêuticos (219) que responderam à pesquisa relataram que ainda sofrem com a falta de medicamentos.
Mais de 88% relataram a falta de antimicrobianos como amoxicilina, azitromicina, amoxicilina+clavulanato e cefalexina; na segunda colocação aparecem os mucolíticos (relatados por mais de 62%) como acetilcisteína, cloridrato de bromexina, carbocisteína e cloridrato de ambroxol.
Na sequência, com mais de 60% de citações, estão os anti-histamínicos como dexclorfeniramina, cetirizina, loratadina e difenidramina e com 49% os analgésicos como ibuprofeno, dipirona e paracetamol. Outras classes de medicamentos em falta foram citadas por 55% dos farmacêuticos.
O levantamento foi realizado por meio de questionário contendo 16 perguntas, sendo que 14 foram consideradas válidas, disponibilizado na ferramenta Google Forms e divulgado no site da instituição, bem como nas redes sociais do CRF-SP, obtendo 225 respostas, sendo que 224 foram consideradas válidas.
Atualmente, o Brasil produz apenas 5% dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs) utilizados na fabricação de medicamentos, número bem inferior à produção interna na década de 80, que chegou a ser mais de 50%, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi). A dependência externa como de Índia e China é preocupante, já que qualquer crise nesses países