Os gastos com os legislativos municipais, sempre altos, constantemente são alvos de críticas sobre o real custo-benefício para as populações.
Se houve ligeira queda em 2020 e 2021, período mais acirrado da pandemia da Covid-19, no ano passado as câmaras municipais das cinco principais cidades região (Bragança, Atibaia, Amparo, Socorro e Piracaia) tiveram gastos que totalizaram R$ 36,2 milhões, conforme dados do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
Na comparação com 2021, houve um aumento de 11,9%, quando as despesas foram de R$ 31,9 milhões. Na comparação com 2020, foram 9,4%, pois naquele ano o total gasto foi de R$ 32,8 milhões.
O retorno à quase normalidade no quadro da pandemia, que impulsionou a retomada das atividades, fez com que o dinheiro público destinado às casas legislativas aumentassem, com números superiores ao período pré-pandêmico.
Municípios – Em Bragança, no ano passado, a Câmara gastou R$ 17,2 milhões (R$ 100,10 per capita), 15,7% a mais que em 2021, quando a despesa foi de R$ 14,5 milhões e o custo per capita de R$ 84,45.
Nas demais cidades, os gastos registrados em 2022 foram de R$ 10,5 milhões (Atibaia); R$ 3,4 milhões (Amparo); R$ 2,3 milhões (Socorro) e R$ 2,8 milhões (Piracaia). Nesse contexto, Bragança foi o município que mais gastou.
Os gastos per capita, ou seja, o custo total dividido pelo número de habitantes, em 2022, foram: R$ 100,10 (Bragança); R$ 72,44 (Atibaia); R$ 47,39 (Amparo); R$ 57,01 (Socorro) e R$ 104,62 (Piracaia). Pelos números, observa-se que Piracaia tem a Câmara mais cara da região, mesmo com menor número de habitantes. A média estadual é de R$ 95,95.
Composições – As cinco cidades juntas têm 62 vereadores, distribuídos entre Bragança (19); Amparo (12); Atibaia (11); Piracaia (11) e Socorro (9).