Jonathan Alberti
Hípica Jaguari
Conforme anunciado pela GB Norte na semana passada, a prefeitura começou a refazer as ruas no entorno do Lago da Hípica Jaguari. Na sexta-feira (24), máquinas já iniciavam a remoção de todo o asfalto para iniciar as obras de drenagem da região. A demora foi por conta de tratativas com a empresa Darga Engenharia e Terraplanagem, que realizou o serviço e não quis refazê-lo. Com as tratativas esgotadas a prefeitura assumiu a obra e irá cobrar judicialmente a responsabilidade da empresa.
Carnaval Família
O retorno da maior festa popular do Brasil foi um sucesso na “Terra da Linguiça”. Foi sucesso de público, de estrutura, de desfiles, de educação da população, sem ocorrências policiais, enfim, foi show. Esse sucesso todo se deve a população, que aderiu a nova proposta da Administração e da Liga Independente das Escolas de Samba de Bragança Paulista – LIESB, e compareceu em massa no Posto de Monta. Aliás, o local ficou aconchegante, com espaço, sem veículos transitando nas próximas e com total segurança, quase uma Apoteose Caipira. Tudo muito bem planejado para sediar o melhor carnaval de rua do interior do estado de São Paulo.
Por falar em Apoteose Caipira
Agora que o Posto de Monta é do povo bragantino e tem espaço vazio para se construir um bairro, a prefeitura deveria avaliar seriamente em se construir uma “Apoteose Caipira”, a verdadeira passarela Chico Zamper, com arquibancadas, área de concentração, dispersão, recuo e o principal, barracões para as agremiações. Claro que, no caso dos barracões, o custeio deveria ser feito em parceria com LIESB e agremiações, uma vez que a melhoria é exclusiva para eles. Porém, não seria um espaço perdido e utilizado apenas uma vez no ano, mas sim um espaço próprio para receber a parada LGBT por exemplo, ou até os mais variados shows em pequena e média escala. Os de grande porte, como a Festa do Peão, continuam ocupando o recinto todo, como já fazem. Aliás, o assunto é pauta nas rodas das escolas de samba há décadas… #ficaadica
9 é 10
Por pouco a Nove de Julho não fechou a apuração do Carnaval com todas as notas 10. Apenas um jurado, que deveria estar de mau-humor até porque não deu uma nota 10, deu uma nota 9,75 para a agremiação no quesito fantasia e estragou o que selaria perfeição do desfile da Majestade do Samba. Aliás, a escola elevou demais o patamar do Carnaval Bragantino. Quem me conhece sabe que sou Lavapés roxo, mas nos últimos carnavais, não tem como não se render às belíssimas apresentações da Nove. Parabéns a toda a comunidade e diretoria da Vermelho e Branco.
Lavapés
Lamentável foi ver a pioneira do carnaval bragantino esvaziada na avenida. Foram apenas 105 componentes dos 300 obrigatórios. Uma bateria que sempre foi referência, com dezenas de ritmistas, se resumiu a 17 pessoas. Isso leva a reflexão de que a Escola mais antiga da cidade agoniza e necessita de ajuda. Essa ajuda está no retorno dos membros mais antigos e que sabem fazer carnaval, da aproximação com a comunidade, na mudança de postura da nova diretoria e em diversos outros fatores. Para esse resgate da comunidade, muita gente precisa entender que o que importa é a escola e não quem a preside. É necessário também que o presidente e sua diretoria entendam que todos os membros da escola, sejam amigos ou não, tem um único propósito em comum, levar a águia altaneira ao topo novamente. Sem essa conscientização nada vai mudar e o Lavapés vai continuar derrapando.
O presidente Serginho X9, se diz de coração aberto a todos os membros e segue empolgado, com planos, ideias e tudo mais, mas para isso dar certo e sair do papel ele precisa resgatar uma comunidade que, mesmo fanática, se afasta da agremiação cada dia mais. Passou da hora de a velha guarda esquecer o passado, dar um tapa na mesa e virar o jogo do samba, pensando no futuro, nos novos amantes da verde e rosa. Isso só pode ser feito auxiliando o novo presidente, dando ideias, ajudando em festas entre outros. Afinal, uma coisa não pode se negar, Serginho é um apaixonado pela escola e foi eleito pelos próprios membros da agremiação para os próximos cinco anos.
Perdeu pra si mesma
A Dragão Imperial perdeu para si mesma na avenida. Com um desfile maravilhoso, composto por alegoria belíssimas e com 475 componentes, a Faculdade do Samba, não ficou devendo em nada para a Nove de Julho e tinha tudo para brigar com a vermelho e branco pelo título do carnaval. Porém, um erro de comunicação colocou tudo a perder, desmoronou a harmonia e evolução da escola na avenida e entregou de bandeja o carnaval para a Nove. Antes de iniciar o desfile, o patrono da escola Cleber Centini Cassali pediu mais tempo à secretária Vanessa Nogueira e ao chefe de Turismo Noy Camilo, alegando que a alegoria da Acadêmicos da Vila atrapalhou a montagem de sua escola. O pedido foi negado, por entendimento da comissão que a Vila cumpriu o tempo estipulado pelo regulamento, não prejudicando a Dragão, e negou o pedido. Mesmo assim, com o som da avenida aberto, quis fazer uma nota de repúdio a diretores de escola de Samba que não “souberam” fazer carnaval e não apresentaram o mínimo, dizendo ainda que todos tiveram o mesmo tempo e dinheiro para montar a escola. Um recado claro, porém, sem citar nomes. Sua fala durou cerca de 9 minutos, começou depois da terceira sirene, atrasando o desfile da imensa escola, que tinha 3 alegorias e quase 500 componentes. Enfim, um erro que custou caro para toda a comunidade Azul e Rosa.
1986 x 2023
Após 37 anos a Escola de Samba Unidos do Lavapés fez a releitura do enredo “Cometa Halley, através dos tempos II, passado, presente e futuro”. Fato curioso é que os ritmistas Mario, o Marião ou Mário Carteiro, Alessandro Marafanti, o Pezão, e Cesar Augusto, o eterno mestre de bateira Gui, estavam nos dois desfiles na bateria. Eu como pupilo no surdo do trio fiz o registro e o trago aqui.