Mudanças na Polícia Civil
Já era esperado que com a entrada do governador Tarcísio de Freitas, que trocas na alta cúpula da Polícia Civil fossem feitas. Ao todo, na quinta-feira (5), foram publicadas a nomeação de 15 servidores na alta cúpula. Dentre eles está a nomeação do delegado Dr. Fernando Manoel Bardi, que era delegado titular do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico – DENARC, para comandar o Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo do Interior 2 – DEINTER 2, sediado em Campinas e que comanda a Seccional de Bragança Paulista. Ele assume no lugar do delegado Dr. José Henrique Ventura, que comandou o departamento por quatro anos e meio e ainda não foi realocado em nenhuma divisão. Dr. Ventura aliás, foi um dos melhores delegados Seccionais que Bragança Paulista teve. Ele respondeu pela região Bragantina e Circuito das Águas por pouco mais de um ano e diante do excelente trabalho prestado, foi nomeado para chefiar a 2ª Seccional de Campinas e dois anos depois foi nomeado Diretor do DEINTER 2.
E a Seccional?
Se seguir o fluxo das coisas, é certo que com a mudança do diretor, ocorra também mudanças na estrutura das Seccionais do Deinter 2. Ao todo são cinco, duas em Campinas, uma em Bragança Paulista, Jundiaí e Mogi Guaçu. Pelos corredores da Delegacia Seccional, atualmente comandada por Dr. Luiz Henrique Apocalypse Joia, o murmurinho é que a troca se concretize nos próximos dias.
Dr. Sandro Montanari é convidado
Fontes fidedignas me cravaram que o delegado bragantino Dr. Sandro Montanari Ramos Vasconcellos será o novo titular da Seccional. Atualmente Dr. Sandro reponde pela Central de Polícia Judiciária que compreende o 1º, 2º e 3º Distritos Policiais de Bragança Paulista. O delegado acabou de se formar no Curso Superior de Polícia Integrado, que é voltado para profissionais que buscam carreiras administrativas, como a de um Seccional e até em cargos na Delegacia Geral de Polícia, que comanda toda a corporação. Questionado por esta coluna, Sandro Montanari, disse que foi à Campinas em uma reunião com o novo diretor do DEINTER 2, e que seu nome foi indicado e encaminhado para aprovação do Delegado Geral, Artur José Dian. Se aprovado, o que deve ser, Sandro assume a Seccional logo após a publicação no Diário Oficial do Estado.
Competência tem!
A competência de Sandro Montanari é uma coisa inegável. Ele chefiou a DIG, DISE, distritos e agora a Central de Polícia Judiciária e comandou inúmeras investigações e operações contra a criminalidade que age na cidade. Uma coisa é certa, se o nome de Sandro Montanari for aprovado e ele assumir a Seccional, a região Bragantina e Circuito das Águas, ganha muito, pois vai ser comandada por um delegado competente, que conhece a região e suas necessidades, que é operacional e sempre bateu de frente com a bandidagem.
Além de operacional, Montanari vive se atualizando sobre a profissão e recentemente foi o segundo melhor formando no curso superior, atingindo a nota de 99,9, se formando com méritos.
Dr. Joia
Bragança ganha por um lado, mas perde por outro. A saída de Luiz Henrique Apocalypse Joia, está longe de ser comemorada, como foi a de seu antecessor Carlos Eduardo. São mudanças corriqueiras de troca de comando, mas, Dr. Joia veio para acertar a bagunça deixada e arrumar a casa. Conseguiu, movimentou daqui, dali, e deu uma acertada, porém, o trabalho ainda está em andamento e é claro que será continuado e até melhorado pelo próximo Seccional, que ao que tudo indica, está com gás para botar tudo de “pernas pro ar”.
Pedintes nos semáforos
Uma vergonha se parar em um semáforo em Bragança Paulista. São pedintes disfarçados de vendedores de paçoca (apenas alguns) que quase invadem o carro para pedir dinheiro. Agora, a moda é que se o motorista não tem moeda o pedinte ou o vendedor de paçoca (repito, apenas alguns) pedem o envio o pix, cartão de débito e até de crédito. Esses pedintes, disfarçados de vendedores de paçoca, fazem com que outros que trabalham direito, como dois homens que vendem balas, em um dos semáforos e não pede um real a ninguém, fiquem mal falados. Pelo contrário, um deles ainda dá bala as crianças todas as vezes que passamos por ali e não pede nada em troca.
Agora eu não entendo uma coisa, porque esses pedintes podem ficar diuturnamente enchendo o saco e ameaçando os motoristas nos semáforos e os artistas de rua, como palhaços e malabaristas, que aliás, também não pedem um real a ninguém, apenas se apresentam e passam o chapéu, não podem apresentar sua arte em paz.
Uma lei elitista, que foi muito malfeita e atrasa o lado de pessoas que escolheram a arte de rua como profissão e beneficia o pedinte, que muitas vezes pega o dinheiro dado para ir fumar crack e tomar corote.
Lei tem que ser revista
O prefeito Amauri Sodré, que nitidamente sempre apoiou a arte urbana e compareceu em centenas de eventos prestigiando os pequenos artistas, deveria rever essa lei e liberar a arte de rua nos semáforos. Até porque é uma distração do dia-a-dia pesado, diverte as crianças, que por vezes estão entediadas no carro, e da oportunidade aos artistas de se apresentarem. Muitos deles correm de cidade em cidade e alguns até vêm de outros países.
Agora, deveria haver uma ação (como a feita para remover os artistas de rua) para remover os pedintes que além de aporrinhar os motoristas acabam ameaçando, entrando na frente dos carros, assustando as crianças, enfim uma baderna sem fim.
Fim de uma era
Recebi com muito pesar a notícia do fim da circulação do Bragança Jornal impresso. Muito se engana que existe rivalidade entre a GB e o BJ, porém poucos sabem que meu pai Paulo Alberti Filho, teve um de seus primeiros textos publicados lá. A GB e o BJ mantiveram por todos esses anos uma relação de amizade e muito respeito pela história. Parte da história da cidade, o jornal vai deixar uma lacuna na comunicação séria e comprometida da cidade. Dono de manchetes importantes e que causaram comoção ao longo de seus 96 anos, o jornal trouxe muito para o crescimento da cidade. Foi casa de grandes profissionais da história do jornalismo bragantino, como os mestres Willian Cardoso, Fabiano Costa e Deusmar Mota, que cito por terem sido grandes professores na minha caminhada como jornalista, mas também de tantos outros, como os amigos Gerson Gomes e Tárcio Cacossi, que hoje traçam carreira na assessoria pública. Ana Maria de Oliveira, Marcos R.O, foi outra dupla que vi trabalhar representando o diário. Enfim, grandes profissionais da imprensa bragantina, que se formaram as margens das prensas do eterno BJD. Enfim, boa sorte aos diretores durante essa mudança e quem sabe um dia veremos novamente o impresso do Bragança Jornal pelas ruas.