Abordei na semana passada todos os cuidados e ações que o poder público e a população devem concentrar neste período chuvoso, que começou mais fortemente a partir deste mês. E nunca é demais lembrar que de dezembro ao início de abril do ano que vem, vai ser assim, fortes chuvas, inundações, deslizamentos de terra, afundamento de vias, queda de árvores e muros de contenção, interrupção de energia elétrica e, para os mais pobres, que sem opção construíram suas casas em morros ou encostas, o desastre maior, que é o surgimento de vítimas fatais por tudo aquilo que as chuvas em demasia proporcionam.
Bragança sempre teve um histórico de problemas com muita chuva, que remontam décadas. E não raro teve registro de óbitos, casas desmoronadas e famílias ao desabrigo.
O período acima citado será, segundo os institutos de meteorologia, bastante chuvoso, o suficiente para atingir quem não se prevenir ou buscar de imediato soluções que possam minimizar os problemas.
A chuva tem registrado altos índices de pluviometria nos últimos dias. Invariavelmente, chove a partir da tarde e invade a noite e a madrugada. Já houve dias em que choveu o suficiente esperado para mais de 30 dias.
Portanto, cabe inicialmente à Defesa Civil, através de ações concretas, retirar famílias de áreas consideradas de risco, insistir para que saiam e evitar tragédias de outros tempos.
A Defesa Civil tem emitido notas e informações mais abrangentes, nos últimos tempos, sobre quais são as áreas de risco e os bairros onde se localizam e o montante de residências que podem desabar. Seria importante levar esses dados a conhecimento do maior número possível de pessoas, com ênfase nos locais que constam do mapa de risco. A existência desse mapa, por si só, mostra que as autoridades têm conhecimento dos locais potencialmente problemáticos. Então, é agir com rapidez para enfrentá-los.
Também é sabido que esses mapas especificam quais os locais que representam risco alto ou muito alto.
Que nossas autoridades e as pessoas dessas áreas não façam uso daquele dito popular, de ‘colocar a tranca na porta depois que o ladrão roubou’. Neste caso, e ainda mais grave, roubará vidas.