Rogério Machado
Na próxima quarta-feira, dia 7, o Brasil comemora 200 anos de independência. Os festejos populares acontecerão em todo o país em diversos lugares e de diversas formas. As expectativas maiores são para o retorno dos desfiles cívicos que, por conta da pandemia do coronavírus, não foram realizados em 2020 e 2021.
Em Bragança Paulista os desfiles de comemoração, como de costume, acontecerão na Passarela Chico Zamper, o Sambódromo, no período da manhã. Haverá desfile de fanfarras, bandas, escolas, forças de segurança, etc.
Mas recordemos o motivo das comemorações de “Sete de setembro” o “Dia da Independência” voltando um pouquinho no tempo.
Dom Pedro I, príncipe regente do Brasil, filho de Dom João VI, monarca de Portugal, tinha 24 anos quando “insatisfeito” com as ordens que vinham de além-mar declarou o Brasil independente da coroa portuguesa. Naquela época o estopim foi a ordem para que ele voltasse a Portugal e deixasse o Brasil nas mãos de uma junta de governo. Contrário à ordem, Dom Pedro I resolve ficar, e apoiado por diversos grupos – iluministas, maçons, etc. – declara, na Câmara do Rio de Janeiro, em 9 de janeiro de 1822, que “se é para bem de todos e felicidade geral da nação diga ao povo que fico”. A data ficou conhecida como o “Dia do Fico”. O “Grito do Ipiranga”, que ocorreu 8 meses depois, em 7 de setembro, foi apenas um ato simbólico.
Digo ato simbólico porque Maria Leopoldina, que estava como princesa regente do Brasil por conta da ausência de Dom Pedro, em viagem para São Paulo, assinou na cidade do Rio de Janeiro o Decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal em 2 de setembro (cinco dias antes do “Grito”). Ela usou seus atributos de chefe interina do governo para fazer uma reunião com o Conselho de Estado, ocasião em que o documento foi assinado, documento este que foi destruído no incêndio do Museu Nacional em 2 de setembro de 2018, exatamente 196 anos depois de ter sido assinado.
Mas, deixemos a história de lado… pois este artigo “Independência é morte” refere-se ao relacionamento da humanidade com Deus, pois a Bíblia ensina que “todos pecaram e separados estão da glória de Deus” – Epístola de Paulo aos Romanos 3:23, e que, conforme o profeta Isaías 59:2, os pecados fazem separação entre o ser humano e Deus. Por estar separado, fazendo sua própria vontade (conforme Epístola aos Romanos 1:21 a 32), a humanidade caminha na contramão da glória de Deus, buscando seus próprios interesses enquanto avança de encontro à morte (física e espiritual), já que independência de Deus é morte. Entretanto, a Epístola de Paulo aos Colossenses 1:19 a 23, em conformidade com o Evangelho de João 3:16, nos ensina que Deus Pai estava em Cristo Jesus, reconciliando o ser humano consigo mesmo.
Deus nos ama e deseja que vivamos em perfeita harmonia com Ele, mas para que isso aconteça é necessário que o ser humano se submeta a Sua vontade, pois aquele que vive independente de Deus já está morto. Assim, o melhor a se fazer é buscar ao Senhor em sinceridade de coração pois Ele garante que aquele que o busca o achará: “buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” – (Livro do profeta Jeremias, 29:13).
Viver na dependência do Senhor é melhor do que ser independente d’Ele, pois independência de Deus é morte.
Rogério Machado é jornalista e pastor da Igreja Batista Boas Novas – Cd Planejada II. prrogeriomachado@yahoo.com.br